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Visita Técnica à Zona dos Mármores (Borba-Vila Viçosa)

Borba, Vila Viçosa

27 de outubro

Local

Borba, Vila Viçosa
A Delegação Distrital de Évora e o Conselho Regional de Colégio de Engenharia Geológica e de Minas promovem, a 27 de outubro, uma Visita Técnica à Zona dos Mármores (Borba-Vila Viçosa).

O mármore alentejano é uma pedra ornamental apreciada desde tempos imemoriais. Os seus diferentes aspetos cromáticos e a sua qualidade tornam-no único no mundo, por isso, o mármore tem sido explorado desde a antiguidade, havendo registos evidentes de exploração romana na Zona dos Mármores.

O mármore português foi recentemente reconhecido pela UNESCO com a designação de Pedra Património Mundial (GHSR – Global Heritage Stone Resource). Tal referência visa o reconhecimento científico internacional das pedras naturais que, enquanto recurso geológico, alcançaram uma utilização generalizada na cultura humana.

O número de pedreiras entre Alandroal e Sousel ronda as 400, estando a maior parte concentrada no "Triângulo do Mármore” (Estremoz – Borba – Vila Viçosa). Porém, são cerca de 50 as que se encontram em atividade, estando as restantes com lavra suspensa. Existe mármore até 400 m de profundidade, estando a pedreira mais funda nos 150 m.

Os caprichos da geologia e a "hiperatividade” do Planeta Terra foram responsáveis pela formação de uma macro estrutura geológica denominada "Anticlinal de Estremoz” que apresenta uma forma alongada, elíptica e em forma de "A”, com cerca de 40 km x 8 km. Os estratos horizontais com 540 Ma foram enrugados há cerca de 300 Ma, formando esta estranha estrutura! Porém, apenas 27 km2 são ocupados pelo Complexo Vulcano Sedimentar Carbonatado de Estremoz (CVSCE), onde os mármores passíveis de serem explorados ocupam sensivelmente um terço da área, sendo a soma das áreas intervencionadas para a produção de rocha ornamental inferior a 3 km2.

Dos mármores alentejanos explorados, 90% destinam-se à exportação, sendo a maioria para o mercado extracomunitário. Dados de 2016 apontam para uma exportação de 576 022 785 kg no valor de 129 097 831 €.

De todas as pedreiras de mármore, apenas uma é explorada de forma subterrânea. Todas as outras são a céu aberto e a exploração faz-se por degraus direitos e de forma descendente.

O ciclo de trabalho de uma pedreira inicia-se com a perfuração. Segue-se o corte com recurso a fio diamantado e, depois da massa se encontrar destacada do maciço, procede-se ao derrube. Sendo talhadas de grandes dimensões, são de seguida esquadrejadas em blocos que, por sua vez, são removidos para o exterior, fechando-se assim o ciclo.

Da visita faz parte a subida à escombreira da empresa Marmoz onde se poderá observar o núcleo extrativo da Vigária e o local onde se deu a batalha de Montes Claros onde o exército espanhol foi derrotado em 1665.

Seguem-se as pedreiras da empresa António Galego & Filhos, Mármores S.A. e da empresa Bloco B - Mármores, Inertes e Construção, Lda., onde se pode visualizar a imponência de uma exploração a céu aberto e de outra subterrânea, respetivamente.

A visita terminará com uma ida ao Museu do Mármore e ao atelier do escultor calipolense, César Valério.


Custo de inscrição


Membro/Acompanhante de membro: 30€

Não Membro: 40€


Membro/Acompanhante de membro: 20€

Não Membro: 30€


Inscrições através do Balcão Único/ SIGOE (clique nos links acima)

NOTA: Aconselhamos a todos os participantes desta visita, a utilização de vestuário e calçado confortáveis. 

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