"O Conselho Diretivo da Ordem dos Arquitetos divulgou, esta sexta-feira, um comunicado declarando nulas as inscrições daqueles engenheiros no Instituto dos Mercados Públicos do Imobiliário e da Construção (IMPIC). Contactado pela agência Lusa, o vice-presidente da Ordem dos Arquitetos, Daniel Fortuna do Couto, indicou que o IMPIC 'precipitou-se, e fez um protocolo com a Ordem dos Engenheiros para recolha da documentação necessária, e fazer uma listagem de engenheiros'. (...) Contactado pela agência Lusa, o bastonário da Ordem dos Engenheiros, Carlos Mineiro Aires, considerou que 'os arquitetos teimam em não aceitar a lei' 25/2018, aprovada este ano. Recusou que exista qualquer ilegalidade no protocolo e na listagem realizada por aquela entidade: 'Está tudo de acordo com a lei. Assinámos um protocolo com o IMPIC para dar resposta a esta lei', que permite a um grupo de engenheiros civis exercer atos de arquitetura. 'Jamais a Ordem dos Engenheiros teria um comportamento ilegal. Isto é uma palhaçada e a Ordem dos Arquitetos continua a não aceitar a evidência de uma lei que foi aprovada duas vezes no parlamento', recordou. Questionado sobre o número de engenheiros que já se registaram, indicou que foram 49, até agora, sendo que esperam o registo de mais dez. Adiantou que a Ordem dos Engenheiros já enviou cartas à Associação Nacional de Municípios Portugueses e aos presidentes de câmara, indicando o registo daqueles profissionais no IMPIC. Em junho foi publicada em Diário da República e entrou em vigor a lei que dá a possibilidade a um grupo específico de engenheiros civis de assinarem projetos de arquitetura, e que gerou intensa polémica entre as duas classes profissionais." In Jornal de Notícias, 14.07.2018 Aceder à versão original da notícia »» |