De acordo com o ultimo relatório técnico da OCDE – Infraestruturas para 2030, verifica-se que os países desenvolvidos terão de enfrentar um novo desafio, decorrente do rápido envelhecimento do ambiente construído. Este facto resulta num notório aumento dos custos de operação e manutenção, componente de maior peso no ciclo de vida das infraestruturas. Neste sentido, a gestão de ativos tem tido um interesse crescente na sociedade, uma vez que estes custos podem ser devidamente otimizados. O objetivo é fazer melhor, com menos recursos disponíveis. A utilização de tais ferramentas resulta num planeamento a longo prazo das intervenções de caráter preventivo no ambiente urbano. Adicionalmente, verifica-se a necessidade do estabelecimento de intervenções para mitigação do risco associado a eventos extremos (ex. inundações, sismo, acidentes, etc.). De facto, nos últimos cinquenta anos, verificou-se que os custos decorrentes de desastres aumentaram dez vezes. O planeamento de tais medidas pode ser sempre cruzado com o planeamento de intervenções provenientes do sistema de gestão de ativos, oferecendo ao decisor a capacidade de decidir pelo melhor cenário para gestão do ambiente construído, considerando o ciclo de vida e os potenciais riscos associados.