fechar
Acessibilidade (0)
A A A

Escolha o idioma

pt
atualidade_2488341014fa3f4a8ab7a2.jpg

Engenharias no topo da procura dos jovens estudantes

Resultados da Primeira Fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior

15 de Setembro de 2016 | Geral


Vagas para Engenharias ligadas às Ciências da Vida e às Tecnologias de Informação e Comunicação com ocupação próxima dos 100%

Médias de ingresso mais elevadas do País são em Engenharia Aeroespacial, em Engenharia Física e Tecnológica e em Engenharia e Gestão Industrial


As listas de candidatos colocados na primeira fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior demonstram que, face a 2015, a Engenharia registou um acréscimo de cerca de 500 colocados no todo nacional, considerando as licenciaturas, mestrados e mestrados integrados lecionados nos sistemas universitário e politécnico.

No ano de 2015 registaram-se 10.979 vagas em 213 cursos das áreas da Engenharia, tendo sido colocados 7.841 candidatos.

Já em 2016, este universo é composto por 212 cursos, que disponibilizaram 10.788 vagas, das quais foram preenchidas 8.319. Uma análise mais fina a cada um dos subsistemas de ensino demonstra uma ocupação de 93,27% das vagas nas universidades e de 51,37% nos institutos politécnicos.

Em termos de especialidades, a procura por Engenharia Civil continua a sofrer os efeitos da conjuntura económica do País, penalizadora das áreas ligadas à construção, registando-se uma oferta de 545 vagas iniciais nas universidades, com uma percentagem de 68,4% de colocações, enquanto o ensino politécnico disponibilizou 430 vagas, tendo sido preenchidas somente 6,98%.

Das áreas atualmente mais procuradas pelos jovens candidatos ao Ensino Superior registam-se as Engenharias ligadas às Tecnologias de Informação e Comunicação e as relacionadas com as Ciências da Vida, tendo estas últimas atingido 99,97% de colocações no sistema universitário e Informática 98,65%.

A Ordem dos Engenheiros, face aos resultados da primeira fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior, congratula-se com o facto de os jovens e as suas famílias terem percecionado o valor que a Engenharia representa para o País e a segurança que esta formação superior lhes proporcionará em contextos profissionais.

São disto exemplo as taxas de ocupação registadas em várias áreas de Engenharia, bem como o crescimento exponencial das médias dos últimos alunos colocados em Engenharia Aeroespacial, Engenharia Física e Tecnológica e em Engenharia e Gestão Industrial que, pela primeira vez em muitos anos de concursos de acesso, atingiram os valores mais elevados, ultrapassando o lugar, já histórico, ocupado pela Medicina.

A par deste reconhecimento, a Ordem manifesta a sua preocupação pela reduzida procura pela área de Engenharia Civil, fortemente  condicionada pelo contexto económico que Portugal tem vindo a atravessar nos últimos anos, sendo convicção da Ordem dos Engenheiros que, a médio prazo, a oferta de engenheiros civis em Portugal será insuficiente face às necessidades do País, bem como para as necessidades de atividade internacional das empresas.

Os resultados agora conhecidos do Concurso Nacional de Acesso evidenciaram, uma vez mais, dois temas nos quais a Ordem dos Engenheiros tem vindo a insistir: a necessidade de refletir de forma séria sobre a vocação e a direção a tomar por cada um dos subsistemas de Ensino Superior, assim como uma aposta forte e continuada na formação superior de engenheiros.

Parceiros Institucionais