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Entrevista aos vencedores do Prémio Inovação Jovem Engenheiro 2015

27 de Maio de 2016 | Geral


Francisco Natário, Lia Duarte e Ana Vasconcelos, 1º prémio ex-aequo e 3º prémio, respetivamente, foram os vencedores da edição 2015 do Prémio Inovação Jovem Engenheiro (PIJE), cuja cerimónia de entrega decorreu no passado dia 14 de maio, em Torres Vedras, à luz da sessão solene do Dia Regional Sul do Engenheiro.

Com o intuito de os conhecer um pouco melhor, desafiámos os premiados a uma flash-interview, cujas respostas podem ser lidas em seguida.


FRANCISCO NATÁRIO, Membro Efetivo n.º 62053, inscrito na Região Sul e agrupado no Colégio de Engenharia Civil
1º Prémio (ex-aequo): "Resistência estática e de fadiga ao esforço transverso de lajes em betão armado – tabuleiros de pontes solicitados por cargas concentradas"

Fale-nos um pouco de si. Quem é o Francisco?
O Francisco nasceu em Viseu em 1985 e aí viveu e cresceu até 2003, frequentando a escola pública. De 2003 a 2008 estudou engenharia civil no Instituto Superior Técnico, tendo de seguida trabalhado até 2011 na Direção Central de Projeto da Teixeira Duarte. De 2011 a 2015 foi assistente e doutorando do Laboratório de Construção em Betão da Escola Politécnica Federal de Lausana. Desde 2015 colabora no gabinete de projeto de estruturas Synaxis SA Lausanne.

Como é que a engenharia entrou na sua vida?
No ensino secundário as disciplinas de que mais gostava eram Física, Matemática e Geometria Descritiva. A escolha de uma engenharia permitia permanecer em contacto com estas ciências com boas perspetivas de empregabilidade. E a decisão recaiu em civil porque tinha boas referências do excelente ambiente entre colegas.

Que significa ser um dos vencedores do Prémio Inovação Jovem Engenheiro?
A candidatura ao Prémio Inovação Jovem Engenheiro foi o incentivo ideal para traduzir para Língua Portuguesa grande parte da minha tese de doutoramento. Ser um dos vencedores é motivo de grande orgulho e atesta a qualidade e utilidade do trabalho desenvolvido em quatro anos e meio de doutoramento.

Uma mensagem aos jovens engenheiros.
Aos jovens engenheiros portugueses relembro-lhes que possuem uma sólida formação de largo espectro ao nível dos conteúdos e do raciocínio que lhes permite inovar, investigar, aprender e empreender em diversas geografias e áreas profissionais. Cumprimentos a todos!


LIA DUARTE, Membro Estagiário n.º 68713, inscrito na Região Norte e agrupado no Colégio de Engenharia Geográfica
1º Prémio (ex-aequo): "Os Sistemas de Informação Geográfica como ferramenta de apoio às Bases de Dados de Morbilidade Hospitalar"

Fale-nos um pouco de si. Quem é a Lia?
Sou a Lia Duarte, tenho 28 anos e resido numa pequena vila de nome Melres. Comecei os meus estudos no caminho das artes, onde pintura e/ou restauro eram o meu principal objetivo, e em paralelo percorri outras áreas, como a música, sendo saxofonista durante sete anos em várias orquestras e bandas sinfónicas. Ingressei mais tarde em engenharia percorrendo um longo caminho até aos dias de hoje. Sou licenciada em Ciências de Engenharia e mestre em Engenharia Geográfica. Atualmente sou aluna de doutoramento em Engenharia Geográfica atuando na área dos Sistemas de Informação Geográfica e Assistente Convidada na FCUP. Sou uma rapariga simples e determinada embora por vezes um pouco introvertida mas procurando sempre uma forma de aperfeiçoar.

Como é que a engenharia entrou na sua vida?
Posso dizer que foi uma feliz obra do acaso. O meu percurso começou pelas artes mas por um percalço da vida tive que fazer outra escolha. Esta incidiu na engenharia, mais concretamente na Engenharia Geográfica. Para mim era uma área desconhecida até então, mas após alguma pesquisa descobri que podia fazer realmente parte do meu futuro, sendo uma área de conhecimento muitíssimo interessante que atua em diversos domínios entre os quais: Sistemas de Informação Geográfica, Deteção Remota, Geodesia, Topografia, Cartografia entre outros. A Engenharia Geográfica apresentou-me um grande desafio! Um desafio que continuo a aceitar e a descobrir.

Que significa ser uma das vencedoras do Prémio Inovação Jovem Engenheiro?
Para mim, este prémio foi muito motivador e muito importante. Foi o reconhecimento do meu esforço, do meu trabalho e da minha dedicação. Nesta fase da minha vida, em que estou a terminar o meu doutoramento, ganhar este prémio foi sem dúvida muito recompensador. Tenho a agradecer à minha orientadora Professora Ana Cláudia Teodoro (FCUP) e ao Professor Alberto Freitas (FMUP) que me incentivaram e me auxiliaram desde o início, à minha família e amigos pelo apoio que sempre me deram e à Ordem dos Engenheiros pela oportunidade fornecida. Foi e será sempre um momento inesquecível! Obrigada por acreditarem que o meu trabalho poderá ter um grande contributo na engenharia. A fase seguinte passa pela responsabilidade de continuar o trabalho com excelência e inovação.

Uma mensagem aos jovens engenheiros.
Nunca desistam! Mesmo que achem impossível, tentar é a melhor forma de aprender, de alcançar um feito. Já dizia um engenheiro "Insistir no erro só com cálculo de engenharia". O futuro da engenharia passa por nós e temos que acreditar que podemos inovar, enfrentar os desafios, agarrar as oportunidades e evoluir.


ANA VASCONCELOS, Membro Efetivo n.º 53149, inscrito na Região Sul e agrupado no Colégio de Engenharia Civil
3º Prémio: "C-Otimo - Metodologia técnico-económica de apoio à decisão na construção e reabilitação sustentável de edifícios"

Fale-nos um pouco de si. Quem é a Ana?
Julgo que seriam os meus familiares, amigos e colegas de trabalho os que melhor me poderiam descrever, mas diria que sou uma pessoa que gosta muito de rir, de estar com amigos, passear e viajar. Gosto de ler um pouco de tudo e ver um bom filme. Sempre gostei muito de desporto e mantenho semanalmente essa atividade física e mental. Procuro estar o máximo de tempo possível em família, especialmente com os meus três filhos e com o meu marido.

Como é que a engenharia entrou na sua vida?
Desde sempre que a curiosidade e o conhecimento em várias áreas me fascinaram, em particular a Matemática, a Física e a Química. De uma maneira natural, optei pela engenharia e, mais especificamente, pela Engenharia Civil no ramo de Estruturas (pela abrangência e preparação que incute nos estudantes, entre outros fatores). Com o decorrer do tempo, o entusiasmo não foi diminuindo, pelo contrário, e o Doutoramento também em Engenharia Civil (vertente mais energética e de sustentabilidade) veio como consequência. Posso dizer já que a "engenharia" entrou na minha vida e por cá ficou, mantendo-me sempre desafiada e com uma curiosidade desinstaladora, com o método e a disciplina que a engenharia pressupõe e que também nos forma, e educa, enquanto cidadãos.

Que significa ser uma das vencedoras do Prémio Inovação Jovem Engenheiro?
No seguimento da questão anterior, a engenharia deu-me muito e de variadas formas. Cabe-me a mim, agora, retribuir de uma forma natural em prol dessa engenharia e da sociedade. Este prémio veio reconhecer isso mesmo: a inovação presente no trabalho e o contributo dado para a área de conhecimento em que se insere. É uma enorme satisfação e orgulho vermos o nosso trabalho e o esforço reconhecidos, em particular pelos pares, dando-nos ainda mais força e motivação para o prosseguirmos.

Uma mensagem aos jovens engenheiros.
Aos jovens (e menos jovens…), enfrentamos todos grandes desafios, pelo que para os ultrapassarmos saibamos ser engenheiros. Assim deixaremos um legado no mínimo tão prestigiante quanto o que recebemos de todas as gerações de engenheiros portugueses que nos precederam. Só temos de estar otimistas e ter uma atitude correta para podermos fazer sempre a diferença.

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