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Especialistas europeus discutiram futuro da Engenharia Civil

11 de Junho de 2013 | Engenharia Civil


"Devemos definir que futuro queremos para a Engenharia Civil e fazer com que ele se realize, usando, para isso, as nossas forças", foi esta a mensagem deixada por Carlos Matias Ramos, Bastonário da Ordem dos Engenheiros, no fecho da conferência "Changes in Civil Engineering", parte integrante do programa da 57.ª Assembleia Geral do European Council of Civil Engineers (ECCE), organizada pela Ordem dos Engenheiros de Portugal entre 30 de maio e 1 de junho. Carlos Matias Ramos referiu-se, ainda, à necessidade dos engenheiros civis serem bons comunicadores, capazes de liderar pessoas e projetos, ajudando à evolução da sociedade.

A Conferência contou com a intervenção de reputados especialistas, nomeadamente do Presidente do ECCE, Fernando Branco, que defendeu que a evolução da Engenharia Civil está diretamente dependente do investimento, da inovação e da internacionalização.
Ricardo Gomes, Presidente da AECOPS, referiu na sua intervenção ao sucesso da internacionalização das empresas de construção portuguesas e da sua presença em países como Angola, Moçambique, Algéria, Peru ou Venezuela, mas alertou para o crescente protecionismo verificado em vários mercados estrangeiros, tendo destacado o Brasil, a China, a Turquia e os EUA. "A Europa tem que acordar e tomar uma atitude. Não estou a apelar ao protecionismo, mas à reciprocidade de abertura dos mercados", sublinhou.
Armando Rito, por seu turno, apresentou a sua experiência ao nível de projeto de obras de arte, em Portugal, e, mais recentemente, em África, destacando a importância de adaptar o projeto e os métodos construtivos às condições de cada local. O Especialista em Estruturas, galardoado com o Prémio Secil 2011 pelo projeto da Ponte 4 de Abril na Catumbela, em Angola, afirmou tentar "sempre transferir conhecimento para que os países de destino possam vir a ser autossuficientes e os laboratórios se desenvolvam".
Takehiko Ono, Presidente da Japan Society of Civil Engineers, entidade à beira de comemorar os seus 100 anos, foi convidado a testemunhar as lições aprendidas pelo seu país após o grande sismo de 2011 e apresentar as atividades mais recentes daquela entidade.

O propósito da sessão foi debater aspetos relacionados com a internacionalização e a inovação na Engenharia Civil, proporcionando uma visão europeia da atual situação do setor e dos mercados atuais com maior capacidade de atração da indústria da construção, de que são exemplo alguns países africanos e da América Latina.

O ECCE foi criado em 1985 com o objetivo de representar as associações dos engenheiros civis europeus. Conta atualmente com 25 países membros e diversas organizações associadas, sendo a representação portuguesa no ECCE assegurada pela Ordem dos Engenheiros, através do Eng. Luís Oliveira Santos.


 Apresentações e fotografias da ECCE

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