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Índice de Eficiência Energética (EEDI) para Navios

17 de Agosto de 2011 | Engenharia Naval


No âmbito dos estudos desenvolvidos pelo Grupo de Trabalho sobre Emissões de Gases com Efeito de Estufa por Navios, da Organização Marítima Internacional (IMO-MEPC), têm vindo a ser desenvolvidos requisitos que apontam para que todos os navios novos com mais de 400 GT possuam um Índice de Eficiência Energética (EEDI).

Na reunião do Comité de Poluição Marítima (MEPC60) realizada em Março de 2010 foi decidido que diversos tipos de navios não seriam incluídos numa primeira fase de aplicação deste requisito, nomeadamente as várias categorias de navios ro-ro. Neste caso específico foi identificado que seriam necessários estudos técnicos de modo a refinar a fórmula do EEDI, estudos, esses, que deverão ser efectuados no decurso dos próximos dois anos.

Por outro lado, navios movidos por meio de propulsão diesel-eléctrica, turbinas ou sistemas híbridos de propulsão são também excluídos do rascunho de regulamento correntemente em preparação, até que estudos técnicos aprofundados estabeleçam termos de referência apropriados para estes tipos de propulsão de características específicas, os quais permitam uma futura aplicação coerente do EEDI.

Os problemas técnicos actualmente em discussão envolvem, nomeadamente, a definição de limites inferiores para o índice EEDI e futuras reduções de emissões para diversos tipos de navios. Encontra-se também em discussão o instrumento a utilizar para tornar o EEDI obrigatório, prevendo-se discussões extensas e acaloradas devido aos aspectos políticos envolvidos.

O grupo de trabalho da IMO tem efectuado sessões técnicas que contaram com a presença de delegados de 30 Estados-membros e 22 organizações inter-governamentais e não-governamentais, no decurso das quais se têm vindo a desenvolver também os requisitos para o denominado Ship Energy Efficiency Management Plan (SEMP).

A Agência Europeia de Segurança Marítima (EMSA) tem também participado de forma activa no desenvolvimento do EEDI, nomeadamente com recurso à organização de três workshops que permitiram a discussão em profundidade de relevantes documentos técnicos. A EMSA patrocinou também um estudo técnico aprofundado que foi apresentado no Comité de Poluição Marítima (MEPC) da IMO, e encomendou um estudo da aplicação do EEDI a certos tipos específicos de navios, especialmente os navios ro-ro e os navios de carga geral de pequena dimensão.

Estes dois últimos tipos de navios são de grande importância para as cadeias logísticas europeias, designadamente no âmbito dos programas europeus de Auto-Estradas Marítimas e Transporte Marítimo de Curta Distância, pelo que os detalhes técnicos e impacto do EEDI nestes sectores necessitam de ser estudados de forma aprofundada.

Finalmente, algumas sociedades classificadoras iniciaram muito recentemente a emissão de certificados EEDI de acordo com as circulares, MEPC.1/Circ.681 e 682 da IMO, as quais definem orientações voluntárias para o cálculo do EEDI.

Os leitores interessados poderão encontrar abundante informação relativa a esta temática no site da IMO (http://www.imo.org/), em particular nas páginas do MEPC dentro desse site, e no site da EMSA (http://www.emsa.europa.eu/), em particular na página dedicada às emissões atmosféricas.

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