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Noite Temática sobre "Hidroponia” em Santarém

23 de Outubro de 2018 |





A Delegação Distrital de Santarém promoveu no passado dia 18 de outubro uma Noite Temática sobre o tema "Hidroponia”, tendo como orador o Engenheiro Philip Thownshend, que contou com a presença de 25 membros.

A palavra hidroponia vem do grego, dos radicais hydro = água e ponos = trabalho. Apesar de ser uma técnica relativamente antiga, o termo hidroponia só foi utilizado pela primeira vez em 1935 pelo Dr. W. F. Gericke da Universidade da Califórnia. 
A hidroponia é a técnica de cultivar plantas sem solo, onde as raízes recebem uma solução nutritiva balanceada que contém água e todos os nutrientes essenciais ao desenvolvimento da planta (potássio, magnésio, cálcio, ácido bórico, etc…).

O princípio de funcionamento consiste em colocar as plantas em canais ou recipientes por onde circula a solução nutritiva. Esses canais ou recipientes podem, ou não, ter algum meio de sustentação para as plantas, o substrato, como pedras ou areia. A solução nutritiva tem um controle rigoroso para manter as suas características: periodicamente é realizada a monitorização do PH e da concentração de nutrientes, de forma a que as plantas cresçam sob as melhores condições possíveis.

As vantagens deste sistema de cultivo traduzem-se na maior produtividade relativamente à produção tradicional, é um sistema mais eficiente para alguns tipos de plantas (tomate, pepino, morango, alface), permite controlar os nutrientes (situação que não é possível no solo, onde os nutrientes não estão disponíveis ao mesmo tempo), com nutrientes sintetizados a produção é mais pura, o sabor é definido pela variedade de nutrientes, e é um sistema reciclado com as inerentes vantagens ambientais que daí advêm.

O orador apresentou ainda diferentes formas de hidroponia, com as respetivas vantagens e inconvenientes, designadamente: Nutrient Film Technoque (NFT), que consiste em água e oxigénio a circular em canais cobertos, em sistema contínuo, permitindo a transmissão de infeções com relativa facilidade; Ebb and Flow, sistema utilizado em viveiros, que satura as plantas em duas aplicações por dia, seguido de drenagem, não utilizado para plantas de maior dimensão; Bagged Sand, sistema com economia de instalação, mas pouco uniforme; Inert Substrate, que utiliza lã de rocha como substrato, não tendo qualquer efeito nos nutrientes, porém, não é biodegradável; Fibra de Coco, que apesar de ser um substrato orgânico, bloqueia alguns nutrientes, designadamente, o zinco e o magnésio.

Por último, foram apresentados os tipos de movimentos da água, por osmose e evapotranspiração e os requisitos necessários à cultura hidropónica, nomeadamente, o controlo rigoroso da água, a monitorização permanente de forma a assegurar a drenagem do substrato entre 8 a 15% antes da próxima rega, o controlo ambiental, e a irrigação e controlo de fertilização.
No final da sessão houve lugar a um período de debate e esclarecimento de dúvidas relativamente aos temas apresentados. 

Philip Thownshend estudou no Oaklands Agricultural College, licenciou-se pela University of Greenwitch e iniciou a sua atividade profissional em diversas estufas no Reino Unido. Em 1996 estabeleceu residência em Portugal ingressando na empresa Vitacress sedeada no Concelho de Odemira. Posteriormente exerceu atividade na empresa Horticilha Agro-Indústria no Montijo (cerca de 16 anos), na construção de estufas na Arménia e, atualmente, exerce funções na empresa Finca de Pela, localizada em Dom Benito, perto de Mérida, em Espanha.

A Delegação Distrital de Santarém agradece a colaboração do Eng. Philip Thownshend neste evento.

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