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OE alerta para consequências do desinteresse dos jovens para áreas de Engenharia

Resultados da 1.ª Fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior

12 de Setembro de 2014 | Geral


A Ordem dos Engenheiros (OE) manifestou publicamente a sua preocupação relativamente aos resultados recentemente divulgados pelo Ministério da Educação e da Ciência no que respeita às colocações na 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior.

Os dados publicados evidenciam a procura muito reduzida dos estudantes por alguns cursos de Engenharia – com maior incidência nas Engenharias Civil, Eletrotécnica e do Ambiente –, em contraponto com outras áreas do conhecimento, cuja lotação das vagas foi total.
No entendimento da OE, tal circunstância reflete, por um lado, a escolha dos jovens por cursos do Ensino Superior que não têm como critério de ingresso a nota positiva a Matemática. Por outro, a existência de uma relação excessivamente direta entre a formação em Engenharia Civil – curso mais afetado – e a atividade imobiliária e da construção, cuja conjuntura atual é desfavorável, indiciando desconhecimento dos candidatos sobre as restantes áreas de atividade que impendem sobre o Engenheiro Civil (portos, proteção costeira, geotecnia, transportes e vias de comunicação, saneamento básico, estruturas, reabilitação urbana, entre outras). Por outro, ainda, a circunstância das opções dos jovens serem realizadas com base nas suas paixões, na atratividade presente dos cursos, porventura induzida por questões de natureza mediática, e não na probabilidade real da sua empregabilidade e da sua segurança em termos de futuro.

Acresce, na análise da OE, a verificação de que não tem existido, por parte do poder central, indicações e orientações sobre as áreas estratégicas em que o País irá apostar no sentido de alavancar o seu crescimento e desenvolvimento e, concomitantemente, sobre as áreas de formação prioritárias, que deverão ser dinamizadas, com vista a garantir a capacidade tecnológica e o conhecimento de que o País necessitará reunir para garantir esse rumo estratégico. Acreditamos, igualmente, que esta falta de definição estratégica limita a capacidade de decisão nas opções que são tomadas pelos candidatos.

Face a este diagnóstico, a OE vai encetar um conjunto de iniciativas, no sentido de sensibilizar e mobilizar a Sociedade, os Jovens Estudantes do Ensino Secundário, os Partidos Políticos, o Governo, as Instituições Académicas que lecionam Engenharia, as Associações de Estudantes destas mesmas instituições e as Associações Empresariais dos setores económicos com intervenção da Engenharia.

Os resultados do Concurso Nacional de Acesso deixam antever, dentro de anos, uma situação de fragilidade da capacidade produtiva do País e da disponibilidade de técnicos altamente qualificados em algumas das áreas fundamentais ao desenvolvimento da indústria e da produção, que permita a criação de um Portugal mais competitivo. Esta constatação preocupa a Ordem dos Engenheiros e tem sido objeto de múltiplos alertas lançados por esta Associação Profissional, quer publicamente, quer junto dos órgãos de decisão do País.

Resultados da 1.ª Fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior


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