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Qualidade do ar interior influencia saúde das pessoas

25 de Fevereiro de 2014 | Especializações


"Um dos maiores problemas de saúde pública em Portugal é a morte prematura. 23% dos portugueses não atingem os 70 anos de idade e 30% dessas mortes relacionam-se com a qualidade do ar interior”, afirmou Francisco George, Diretor-geral da Saúde na conferência "A integração da Qualidade do Ar Interior e da Eficiência Energética em Edifícios", organizada pela Ordem dos Engenheiros.
"Não escolhemos o ar que respiramos. Dependemos da qualidade do ar interior e é preciso ter em conta a possibilidade de este estar poluído”, declarou ainda Francisco George.

A conferência, que teve lugar no Hotel Ritz, em Lisboa, no dia 20 de fevereiro, debruçou-se sobre a importância da qualidade do ar interior na saúde das pessoas e contou com as intervenções de Carlos Matias Ramos, Bastonário da Ordem dos Engenheiros, Serafin Graña, Coordenador da Especialização em Engenharia de Climatização da Ordem, Eduardo Maldonado, ASHRAE Portugal Chapter Delegate, Ana Rita Antunes, Área da Energia e Ambiente da QUERCUS, William P. Bahnfleth, ASHRAE President, e de Fernando Brito, ASHRAE Portugal Chapter Alternate.

Os presentes debateram a importância da regulamentação, a ausência da obrigatoriedade de auditorias e fiscalização prévia na nova legislação produzida sobre a qualidade do ar no interior dos edifícios, a sua influência na saúde dos ocupantes e de que forma as questões técnicas como a ventilação e a renovação do ar podem possibilitar uma melhoria desta qualidade.

"A Engenharia está ao serviço da sociedade e tem em vista a segurança de pessoas e bens”, afirmou o Bastonário, enfatizando também a importância da informação e formação para uma melhor resposta a este problema. Outro dos pontos valorizados na conferência foi a abordagem do problema sob uma perspetiva multidisciplinar, juntando a Engenharia e a Saúde, duas componentes inseparáveis nesta temática.
No decorrer da sessão, Fernando Brito frisou que "o problema não é técnico mas, sim, político”, numa referência às barreiras de legislação e de implementação de medidas neste âmbito.

A encerrar a sessão, o Diretor-geral da Saúde propôs, igualmente, vários pontos a ter em conta para o futuro, como por exemplo, um debate mais amplo e recorrente sobre a questão, planeamento de metas exequíveis, maior rigor e formação e maior exigência no controlo da qualidade do ar sobretudo nas tipologias de edifícios que se encontram ao serviço de populações mais frágeis, como o caso das creches, escolas, hospitais ou lares de idosos.

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