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Visita Técnica ao empreendimento "IP4 (A4) - Túnel do Marão"

15 de Abril de 2016 | Engenharia Civil, Engenharia Geológica e de Minas


O Conselho Regional Sul do Colégio de Engenharia Civil promoveu, no passado dia 7 de abril, uma Visita Técnica ao empreendimento "IP4 (A4) - Túnel do Marão", integrado no troço da autoestrada entre Amarante e Vila Real.

Depois de adiada a data inicial da visita devido a condicionantes relacionadas com os trabalhos da obra, esta iniciativa, na qual estiveram presentes cerca de 30 participantes, contou com o apoio da Infraestruturas de Portugal, que teve a cargo a organização da visita, proporcionando o contacto com alguns dos responsáveis da obra e apresentação de toda a estrutura.

Na zona do Marão, a visita iniciou com uma apresentação em sala sobre o empreendimento, na qual o Eng. José Luis Faleiro, Diretor da construção, partilhou a história do túnel desde a sua génese, as várias fases da obra, evolução dos trabalhos, dificuldades ultrapassadas, cuidados e critérios aplicados. O Eng. Manuel Tender, responsável pela área de segurança da obra, focou a apresentação no sistema de segurança, que além de cumprir todos os requisitos estabelecidos por lei, supera os critérios de exigência, revelando-se inovador em algumas vertentes.

Embora esta obra estivesse sujeita a inúmeros riscos, implementaram-se procedimentos e controlaram-se variáveis, de modo a perturbar o menos possível o decorrer dos trabalhos. As equipas eram permanentemente vigiadas, as ações estreitamente planeadas, e tentou-se proporcionar aos recursos humanos condições que possibilitassem o descanso e conforto possíveis, com camaratas individuais, TV, e a acuidade e sentido de vigília na sua plenitude, com uma tolerância 0 em relação à taxa de alcoolemia.

O sucesso desta obra reflete-se quando, após vários anos de trabalhos sujeitos a inúmeros riscos (chegando a picos de mais de 1000 trabalhadores), não se verifica nenhum acidente ou vítima.

O túnel é composto por duas galerias, uma para cada sentido, e mede 5,6 km. A empreitada do túnel esteve sob responsabilidade do Consórcio Teixeira Duarte, S.A. e EPOS, S.A.

Tendo sido a segurança uma prioridade, o túnel está coberto por um sistema de videovigilância e de deteção automática de incidente. Existem câmaras de videovigilância de 120 em 120 metros, monitorizadas por 2 centros de controlo. Em caso de necessidade, os operadores podem comunicar com os utentes através dos painéis luminosos de informação ou dos megafones instalados ao longo da estrutura ou através da rádio, de forma a encaminhar os condutores para uma das 13 galerias de emergência, sendo que, seis delas, permitem a passagem dos veículos para a outra galeria (que poderá ser encerrada para a evacuação ou passagem dos veículos de emergência). Ao longo do túnel, existem 46 ventiladores de impulso, um cabo de fibra laser com sensor de temperatura, ajudando na prevenção de incêndios, sensores ambientais (realização a medição dos níveis de CO2 e NO) e bocas-de-incêndio de 180 e 180 metros. No interior há também telefones de emergência e rede de telemóvel para facilitar as comunicações.

Ainda com pouca luminosidade, os membros puderam observar todo o sistema de segurança instalado, tal como a infraestrutura já concluída, percorrendo o túnel de um extremo ao outro. Também foi possível ver de perto algumas das infraestruturas que proporcionam acessos e ligações ao túnel.

O regresso a Lisboa ocorreu já ao fim do dia, e mesmo após a longa viagem, observava-se um sentimento de satisfação pela visita a esta obra de referência que é o Túnel do Marão.

 

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