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2.as Jornadas da Especialização em Direção e Gestão da Construção


"Quando tudo parece estar contra si,
lembre-se que os aviões não descolam
com o vento a favor, mas sim contra”

(Henry Ford)



Foi através de uma mensagem de Henry Ford, com oportuna atualidade, que a Comissão Executiva da Especialização em Direção e Gestão da Construção motivou a realização das suas Jornadas com o tema: Engenharia Civil - Novos Desafios. No passado dia 30 de outubro, com o auditório de Lisboa da OE praticamente cheio, tivemos a oportunidade de assistir a um conjunto de apresentações de grande qualidade, conteúdo e oportunidade, por parte de Colegas de reconhecido mérito nacional com elevada experiência académica e profissional.

A abertura das Jornadas coube ao Bastonário da OE, Eng. Carlos Matias Ramos, que reafirmou as dificuldades que a Ordem tem sentido para fazer valer as competências dos seus membros e a defesa dos atos de Engenharia, em particular na revisão da legislação que está a decorrer ou que se afigura imprescindível. Foi também manifestada a necessidade premente em inverter a fuga de candidatos aos cursos de Engenharia, contrariando uma tendência que poderá, no futuro, ter consequências graves para a economia do País.

Nas Jornadas foram desenvolvidos quatro temas de grande atualidade, repartidos em dois períodos, para que no final de cada um houvesse debate alargado a todos os participantes, onde se incluíram representantes de Universidades e de Associações Profissionais do setor, às quais foram endereçados convites que mereceram simpático acolhimento.

Assim, na primeira parte abordaram-se os temas da Reconstrução Urbana, pelo Eng Victor Abrantes (FEUP) e pelo Eng. João Appleton (A2P- Estudos e Projetos), e da Sustentabilidade como Mais-Valia, pela Engª Teresa Neto (ISEP) e pelo Eng. Gerardo Saraiva (Resinorte).
O primeiro debate, moderado pelo Coordenador da Especialização, Eng. António Carias de Sousa, teve grande participação e entusiasmo, sendo de assinalar a preocupação dos participantes com a forte redução da atividade no setor da construção, resultado de escassez de investimento público e do excesso de construção que ocorreu no passado recente, alimentado pelo financiamento fácil e barato.
Ficou claro, igualmente, a grande preocupação dos participantes e oradores com a forma como está a ser realizada a Reabilitação do edificado em Portugal e com a aplicação das disposições previstas na Lei 53/2014, que poderá conduzir a situações muito agravadas na  ocorrência de um sismo.

Na segunda parte foram abordados os temas da Gestão Patrimonial do Edificado, pelo  Eng. Jorge Madeira (CGD) e pela Engª Helena Alegre (LNEC) e do Papel da Construção no Futuro, pelo Eng. Ricardo Gomes (AECOPS) e pelo Eng. José Cardoso Teixeira (Universidade do Minho), que teve também a amabilidade de apresentar o seu livro sobre   "Competitividade na Construção".
Seguiu-se o debate, moderado pelo membro da Comissão, Eng. Luis Machado, mais uma vez muito participado, onde ficou patente a vontade e a necessidade, urgente, de inverter a escassez de candidaturas aos Cursos de Engenharia Civil, o que obrigará a alterações significativas nos programas curriculares e objetivos das Faculdades de Engenharia, aproximando-os ao que, efetivamente, o mercado necessita, em particular, com formação em Reabilitação, Manutenção e Gestão.

Foi também analisada a necessidade de reforçar o investimento na manutenção das nossas infraestruturas, em particular as construídas no subsolo que, por não serem visíveis, são suscetíveis de menor atenção dos decisores, como ficou visível nas recentes cheias ocorridas na cidade de Lisboa.

A Jornadas foram encerradas pela Presidente do Colégio de Civil, Engª Cristina Machado, que manifestou o seu apreço e agrado pela forma entusiasmada em que a sessão decorreu e pela atualidade dos temas abordados.

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