A Ordem dos Engenheiros foi constituída em 1936, refletindo o reconhecimento social da engenharia como uma atividade essencial ao progresso e ao desenvolvimento. Na sequência de uma história que remonta à instituição do Corpo de Engenharia Civil e Auxiliares, em 1864, e aos acontecimentos que levaram à constituição da Associação dos Engenheiros Civis Portugueses em 1869 (a primeira associação profissional de engenheiros existente em Portugal), a criação da Ordem dos Engenheiros veio, entre outros significados, confirmar a importância crescente da função do engenheiro no contexto económico, social e até político da época.

Este livro, da autoria das Professoras Maria Fernanda Rollo e Ana Paula Pires, caracteriza os aspetos fundamentais da história da Ordem dos Engenheiros, desde a sua génese até à atualidade, descrevendo o processo da constituição e evolução da instituição, narrando e interpretando a forma como refletiu e acompanhou as diversas conjunturas políticas que atravessou, os diversos contextos económicos e sociais de que fez parte, as pressões e os desafios da modernização tecnológica que foram emergindo, as transformações profundas operadas no campo da prática e do ensino da engenharia, compondo, em suma, a Ordem e os seus engenheiros, a história geral do País ao longo de quase um século.

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Maria Fernanda Rollo
Historiadora. Doutorada e agregada em História Contemporânea. Professora associada da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Investigadora e Vice-presidente do Instituto de História Contemporânea.
Tem como áreas de investigação a história de Portugal no século XX, a participação de Portugal nos movimentos de cooperação económica europeia, a história económica, da engenharia e da inovação. Tem coordenado vários projetos de investigação no campo da história económica, da engenharia e da inovação.
Entre outras publicações, Portugal e o Plano Marshall, Presença, 1994; Um Metro e Uma Cidade. História do Metropolitano de Lisboa, 2 Vols., 1999; Engenho e Obra. Uma abordagem à História da Engenharia em Portugal no Século XX, D. Quixote, 2002 e Momentos da Inovação e engenharia em Portugal no Século XX, 3 vols., D. Quixote, 2004, coord. com J.M. Brandão de Brito, Manuel Heitor; Memórias da Siderurgia em Portugal, coord., 2005; Portugal e a Reconstrução Económica do Pós-Guerra, IDE, 2007; História das Telecomunicações em Portugal, Tinta da China, 2009; Portugal e a Europa, 3 vols., coord. com J.M. Brandão de Brito e J.F. Amaral, 2011.

Ana Paula Pires
Doutorou-se em História, especialidade História Económica e Social Contemporânea, pela FCSH-UNL, com uma tese intitulada: Portugal e a I Guerra Mundial. A República e a Economia de Guerra (1914-1919).
É atualmente investigadora de pós-doutoramento do Instituto de História Contemporânea da FCSH-UNL, encontrando-se a desenvolver um projeto financiado pela FCT denominado: A outra frente: a economia africana e a I Guerra Mundial (1914-1919).
Foi co-comissária da exposição Viajar. Viajantes e Turistas à descoberta de Portugal no tempo da I República, promovida pela CNCCR com o apoio do Turismo de Portugal.
Alguns dos principais textos publicados, António José de Almeida, o tribuno da República, Lisboa, Assembleia da República – Divisão de Edições, Junho de 2011; Portugal e a I Guerra Mundial. A República e a Economia de Guerra, Lisboa, CNCCR/Caleidoscópio, Agosto de 2011.
Venceu o prémio da Associação Portuguesa de História Económica e Social de 2005 para a melhor dissertação de Mestrado em História Económica e Social defendida em universidades portuguesas e o Prémio de História Alberto Sampaio 2006.