A feira desempenhava uma função muito importante no desenvolvimento das povoações.

O dia de S. João sempre foi especial para os lavradores alentejanos, especialmente para os que se dedicavam à criação e negócio de gado. Era também neste dia que se realizava a eleição dos almotacés, a tomada de posse dos Vereadores e dos funcionários da Casa de S. Lázaro, que eram promovidos pela Câmara. 

Num Alentejo pobre e abandonado, as feiras consistiam também no estímulo para o seu desenvolvimento, pois era nos mercados e feiras que se marcavam os preços dos porcos que "iam correr” em Beja, Estremoz e outras localidades. Aqui se fixavam os preços dos salários de muitos trabalhadores nos serviços da ceifa, da cortiça e dos desbastes do "alvoredo”.

Estavam também arreigadas às Feiras algumas tradições, tais como a das touradas, especialmente as dos dias de S. João e S. Pedro.

A feira era ocasião de prestar aos forasteiros a atenção e a hospitalidade características do "povo” desta vasta "planície heróica” que é o Alentejo.

Évora teve, durante vários séculos, a Feira maior e mais importante ao Sul do Tejo. Atualmente, muitos séculos volvidos, muitas feiras desapareceram, continuando a Feira de S. João cada vez mais atrativa, mobilizando eborenses e toda a população das localidades adjacentes. Os principais pontos de atração são, para além das diversões e gastronomia, os materiais de construção, projetos regionais e nacionais, formação e cultura, serviços e comércio regionais, indústria mecânica e automóvel, produtos regionais, artesanato, inúmeros espectáculos de música, teatro, dança, desportivos, entre outros.