Västerbotten, Suécia
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Engenheira Ana Louro Västerbotten, Suécia
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Engenheira Geóloga e de Minas, Suécia
A Engenheira Ana Filipa Franco Correia Louro, licenciada em Engenharia Geológica e de Minas pelo Instituto Superior Técnico e com um Mestrado em Engenharia Geológica e de Minas, também no Instituto Superior Técnico, é atualmente Engenheira de Desenvolvimento e Planeamento Mineiro, em Västerbotten, na Suécia. Os 5 anos de experiência como Engenheira de Planeamento Mineiro, nas famosas Minas de Neves Corvo, Somincor - Sociedade Mineira de Neves-Corvo, e a sua vontade de crescer profissionalmente motivaram a Engenheira Ana Louro a abraçar um novo desafio profissional na Suécia. Em 2015 iniciou funções como Engenheira de Desenvolvimento e Planeamento Mineiro, na empresa BOLIDEN MINERAL AB, onde ainda exerce a sua atividade. No seu dia-a-dia, participa em desenvolvimento mineiro, nomeadamente, efetuando estudos de viabilidade económica, cálculo e controlo de custos de diversos parâmetros, assim como no design de infraestrutura e galerias de produção de minério e investigação de novos e mais produtivos métodos de desmonte para as diversas minas da empresa, situadas na Irlanda, Suécia e Finlândia.
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A Engenheira Ana Louro apresenta-nos a empresa com Sede em Estocolmo e
escritório técnico em Boliden, onde se iniciou a exploração em 1924.
Atualmente a empresa dedica-se à exploração de ouro, prata, cobre e
zinco, em diversos países, com minas na Suécia, Irlanda e Finlândia, e
processamento mineral na Suécia, Finlândia e Noruega. |
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Viver e trabalhar na Suécia A Engenheira Ana Louro afirma que as condições de trabalho são ótimas (férias, licença de maternidade, horário flexível de 38,75h/semana). O trabalho é bem planeado e raramente há a necessidade de trabalhar horas extraordinárias. É muito fácil conciliar a vida profissional com a vida familiar, pelo facto de se poder ter um horário flexível. É ainda comum trabalhar a partir de casa, quando o trabalhador tem a necessidade de dar assistência à família, por motivo de doença de um parente. A empresa investe esforço na formação profissional dos seus colaboradores, existindo assim várias oportunidades de formação e valorização pessoal.
Qualidade e nível de Vida A qualidade de vida "é ótima, no meu entender, mas nem toda a gente se adaptaria a viver na Lapónia. Apesar de haver transportes, educação e saúde e de estar a 30 km de uma cidade com 35 mil habitantes e a 50 km da costa, não existe a oferta de atividades que uma capital oferece, como Estocolmo ou Lisboa. As viagens são mais demoradas e dispendiosas, sendo que se tem de voar para Estocolmo e só depois para o destino final. No entanto, a Lapónia apresenta o ambiente ideal para ter uma família: ar puro, atividades desportivas gratuitas ou de custo muito baixo e o custo de vida é muito baixo quando se vive no interior, numa casa comprada. Há apenas a necessidade de se ter um carro.”
Não tem conhecimento de nenhuma comunidade de Portugueses na zona, e como a própria afirma com algum sentido de humor, "duvido que existam mais de dois Portugueses por aqui e é porque eu conheço a segunda”.
A Engenheira Ana Louro descreve o Sistema de Saúde do país onde trabalha como: eficiente, rápido e acessível a todos. "Só é necessário pagar as despesas de saúde até cerca de 100€, e de medicamentos, até cerca de 230€. A partir daí, o Estado paga”. Consultas de especialidade podem ter uma espera de mais tempo (3 meses), mas no geral, "consigo ser atendida dentro de 2, 3 semanas”, afirma. Relativamente à habitação na Suécia, neste momento, com a atual situação dos refugiados, cerca de 100 mil por ano entram na Suécia, torna-se muito difícil arranjar residência. A solução, muitas vezes, é comprar casa, pois o aluguer exige listas de espera morosas, no Norte da Suécia, 3-5 anos e em Estocolmo 15 anos. Por outro lado, se não for na cidade, "consegue-se comprar uma casa com jardim por 30-60 mil euros.”
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A experiência pessoal e o exercício da profissão de engenheiros na Suécia A
Engenheira Ana Louro, para se candidatar à oferta de emprego, da
BOLIDEN MINERAL AB, apenas apresentou o Currículo e os respetivos
diplomas. Não foram pedidas referências nem foi feito qualquer exame
para comparar a aptidão para a prática da profissão. "Disseram-me que a
experiência profissional de 5 anos, numa companhia mineira era o fator
determinante da minha contratação”. Na Suécia, verifica-se muito esta
relação de confiança, entre o trabalhador e a entidade empregadora.
A
engenheira de minas refere ainda que gosta muito de viver na Suécia e
sente-se realizada a nível pessoal e profissional. "Socialmente, a vida é
muito diferente, pois o povo Sueco é mais introvertido, e não existe o
hábito de grandes festas e jantares fora, devido ao custo elevado, e ao
clima frio que se prolonga por muito tempo. No entanto, e assim que o
tempo melhora, são muito adeptos da vida exterior e atividades ao ar
livre, como trekking, canoagem e campismo” e "todo o Sueco tem uma casa
na costa ou num lago, onde passam as longas férias de Verão, com amigos
ou família”.
Futuro Esta
foi a primeira experiência da Engenheira Ana Louro no estrangeiro, no
entanto, espera que não seja a última, pois sabe que a experiência de
trabalho no estrangeiro é bastante valorizada para os Engenheiros.
Assim, quando questionada, onde se imagina daqui a 10 anos, a Engenheira
Ana Louro responde que imagina-se a trabalhar no mesmo tipo de
projetos, nas áreas de desenvolvimento e de design, ou então a gerir a
produção numa mina. O Canadá, Austrália e talvez América do Sul, passam
pelas suas próximas opções.
Publicado em: 17-03-2016
Contacto E-mail: ana.louro@gmail.com
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