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A Ordem

Eng. José Monteiro Maeiro



O Engenheiro José Maeiro colabora, desde maio de 2017, com a consultora alemã GAUFF GmbH & Co. Engineering KG, empresa que se dedica à prestação de serviços integrados e diversificados, abrangendo todas as fases da elaboração de um projeto de infraestruturas, nomeadamente angariação e gestão de financiamentos, desenvolvimento de projetos, supervisão, fiscalização, gestão de projeto, capacitação técnica e estudos de viabilidade, entre outros.

Com forte presença em África, esta consultora tem sucursais na Alemanha, Angola, Senegal, Gabão, Costa do Marfim e Uganda. Em Moçambique tem sucursal desde dezembro de 2013.

Quando ingressou na empresa, desempenhou funções de engenheiro de projeto na equipa de fiscalização do Projeto da Ponte Maputo-Katembe, a maior ponte suspensa em África, envolvida num Projecto com um custo aproximado de 780 milhões de dólares norte-americanos.

Após a conclusão do Projeto, foi convidado a fazer parte da equipa permanente no escritório principal de Moçambique. Atualmente, desempenha funções enquanto Engenheiro de Projecto/ Gestor de Contrato para projetos de infraestruturas em Moçambique. 

Trabalha em estreita cooperação prestando assistência aos diretores de projeto alocados no terreno, fazendo a ligação entre os mesmos e a sucursal em assuntos contratuais, financeiros e de recursos.


Uma experiência de sucesso – estudar e trabalhar fora de Portugal

José Maeiro avançou para este desafio, essencialmente, pela oportunidade de participar num projeto de grande envergadura (Ponte Maputo-Katembe) o que, segundo o próprio, seria complicado, no contexto atual, em Portugal.

Paralelamente, sublinha também o interesse em trabalhar num contexto internacional e multicultural. O fato de saber que iria integrar uma equipa com dez nacionalidades e cerca de quarenta profissionais teve, sem dúvida, um peso elevado na sua decisão.

O Engenheiro José Maeiro, fala com orgulho das novas competências adquiridas.

Por um lado refere a disciplina, o rigor, e forma de pensar adquiridos ao longo da sua formação (Erasmus em Itália e Dissertação na Bélgica), que permitiram uma fácil adaptação aos métodos de trabalho da atual empresa e ao mercado internacional mais competitivo e exigente.

Por outro lado, a aprendizagem constante e acesso a uma componente comercial adquirida na sua anterior empresa deram lhe ferramentas essenciais para uma atitude confiante e decisões ponderadas e sólidas, essenciais no seu dia-a-dia.





Qualidade e nível de Vida

A vida em Moçambique tem vários constrangimentos, com uma estrutura social bastante frágil devido ao próprio contexto socioeconómico do país. Um ponto a ter atenção é o sistema de saúde público algo debilitado, sendo a alternativa o sistema de saúde privado, que apenas é acessível a uma pequena percentagem da população devido aos custos associados.

De modo a antever imprevistos, o Eng. José Maeiro refere que é extremamente vantajoso conhecer ou contar com o auxílio de profissionais/entidades locais com experiência e conhecimento do mercado antes de avançar com qualquer tipo de contrato ou investimento.

Destaca que a sua entidade patronal dá grande importância ao bem-estar e conforto dos seus colaboradores.

Alojamento, transporte, seguro de saúde, voos e acesso facilitado para a resolução de problemas legais e pessoais estão assegurados pela empresa, o que lhe permite estar mais focado nas funções que desempenha.

Graça ao Convénio Bilateral de reconhecimento profissional OEP - OEMz, possui célula profissional em Moçambique. É um ponto positivo e uma mais valia para o seu desempenho profissional.

Uma vantagem em Moçambique e devido à presença portuguesa muito marcada, serviços consulares e diplomáticos estão disponíveis em Maputo. Através do registro nos serviços consulares, é possível resolver, praticamente, todas as questões legais em Portugal e em Moçambique.

 

Viver em Moçambique – desafios & expectativas

De uma forma geral, ser português e ser expatriado em Moçambique pode revelar-se uma experiência bastante enriquecedora e impulsionar o nosso crescimento pessoal, profissional e social. Barreiras inerentes a outros países como o idioma, cultura ou gastronomia são facilmente ultrapassadas. Contudo, existe todo um espectro de fatores que vão definir e limitar a experiência. O Eng. José Maeiros considera que a nível pessoal foi importante ter bem definido o contexto onde estaria a trabalhar e quais as funções a desempenhar. No sector da construção, desempenhar tarefas num contexto internacional ajuda a desenvolver conhecimentos e especificações técnicas não utilizadas em Portugal ou na Europa, o que poderá, a curto/médio prazo dificultar a reintegração no mercado de trabalho nacional. No entanto, esse risco é quase sempre compensado pela integração em projetos de elevada envergadura.

Destaca ser essencial para todos os potenciais candidatos a um desafio no estrangeiro terem plena consciência do contexto onde estarão inseridos. Uma cidade como Maputo, onde existem milhares de expatriados de todos os cantos do mundo permite obter um estilo e qualidade de vida elevados, com inúmeras possibilidades de networking e potencial de desenvolvimento pessoal. O mesmo não se poderá conseguir com tal facilidade em regiões menos desenvolvidas do país. Por outro lado, torna-se evidente que trabalhar num contexto internacional e num ambiente multicultural aumenta e foca a capacidade de entender e comunicar desafios a uma escala global. Em paralelo, potencia o raciocínio criativo e a comunicação estruturada, valores importantes para o sucesso profissional da atual geração e das gerações futuras.

Em relação aos pontos menos positivos, indica que é necessário gerir as expectativas e sublinha que os serviços públicos (transversalmente desde saúde, administração e segurança pública) ainda não atingiram os níveis de eficiência a que um cidadão português está habituado o que se pode tornar por vezes desmotivante e frustrante.

O futuro

O Eng. José Monteiro Maeiro, espera voltar a Portugal a médio prazo e desempenhar funções diretamente relacionadas com o planeamento, desenvolvimento e construção de projetos de infraestruturas. Partilhar as suas vivências, para motivar e inspirar, a nova geração de engenheiros a saírem do país, viverem desafios que lhes permitam crescer e absorver conhecimento e ao regressarem contribuírem para o desenvolvimento sustentável do setor em Portugal. 

Acredita que o percurso pessoal de cada um, para além do crescimento individual, deve passar pelo desenvolvimento de toda a comunidade e da engenharia em Portugal, elevar a qualidade, crescer e evoluir, pois assim, os objetivos individuais são mais facilmente alcançados e mais gratificantes para  a sociedade.

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