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Entrevista à segunda vencedora do Prémio Inovação Jovem Engenheiro 2019

29 de Junho de 2020 | Geral


Damos continuidade ao ciclo de entrevistas com os vencedores do PIJE 2019 com Madalena Ponte, membro efetivo da Região Sul, agregada ao Colégio de Engenharia Civil, e segunda premiada (ex aequo), com o trabalho intitulado Definição de uma metodologia para a avaliação sísmica de monumentos complexos de alvenaria.

- Fale-nos um pouco de si…
Chamo-me Madalena Ponte, tenho 26 anos e nasci em Lisboa, cidade onde vivi toda a minha vida. Tirei o curso de Engenharia Civil (Estruturas) no Instituto Superior Técnico (IST), seguido de dois anos de investigação na área de engenharia sísmica, e este ano comecei o doutoramento com uma bolsa da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), também em engenharia sísmica no IST. O trabalho que apresentei a concurso faz parte da investigação que desenvolvi no IST, sob a coordenação da professora doutora Rita Bento.
Para além da engenharia tenho muitos outros interesses, como a equitação, que pratico desde os nove anos, e a dança flamenca, que iniciei recentemente.

- Como é que a engenharia entrou na sua vida?
Apesar de gostar das áreas com componente artística, sempre me interessei bastante por matemática e física. Sendo os meus pais arquitetos e os meus dois avôs engenheiros civis, a decisão de seguir uma profissão ligada a estas áreas foi natural. No final do secundário, a área científica sobrepôs-se na minha vocação, levando-me a optar pela engenharia civil. Revelou-se uma decisão acertada que me tem entusiasmado cada vez mais.

- Jovem, engenheira, inovadora e premiada. O que representa para si esta combinação?
Esta combinação representa satisfação no trabalho. Ser jovem, engenheira, inovadora e premiada só foi possível com esforço e dedicação, associados a uma equipa de investigação que conjuga dinamismo e experiência.

- Considera possível a implementação prática do seu projeto a médio prazo?
A consciencialização para a necessidade de avaliar a vulnerabilidade sísmica do parque urbano em Portugal, de construções tradicionais, tem vindo a crescer nos últimos anos. Adicionalmente, foi publicado, no último ano, um conjunto de legislação que torna obrigatória em determinadas situações a elaboração de um relatório de avaliação da vulnerabilidade sísmica. Embora o meu estudo tenha incidido sobre um monumento nacional, estou certa de que a curto prazo esta metodologia será cada vez mais adotada para os edifícios correntes.

- Em que medida a atual situação epidemiológica mundial afetou (ou continua a afetar) o exercício da sua atividade profissional?
Felizmente, o meu trabalho tem uma elevada componente analítica e de investigação que pode ser realizada em casa. Antes da situação epidemiológica tinha um trabalho laboratorial a decorrer que teve de ser interrompido, mas a situação não é grave uma vez que a FCT prorrogou a duração das bolsas de doutoramento por dois meses, facilitando a minha situação e a de mais colegas.
Adicionalmente, como aluna de primeiro ano de doutoramento, tinha unidades curriculares para realizar presencialmente este semestre, que foram muito bem substituídas por videoconferência.
Face à atual realidade, a minha situação em relação ao próximo semestre ainda se encontra indefinida, uma vez que o meu doutoramento é partilhado com a Universidade de Pavia, Itália, um dos países que mais tem sofrido com a pandemia.

- Uma mensagem aos jovens engenheiros.
A engenharia oferece uma elevada formação que permite um sem-número de entusiasmantes saídas profissionais. Eu segui a via da investigação. Espero que as vossas escolhas vos realizem tanto quanto a minha!

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