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A SUL conversou-se com Rui Marques

16 de Dezembro de 2016 | Geral


Decorreu, no passado dia 5 de dezembro, o segundo jantar-debate das "Conversas a SUL", que contou com a presença do Dr. Rui Marques. A "Responsabilidade Social do Engenheiro" foi o tema desenvolvido pelo convidado que dirige atualmente o Instituto P. António Vieira (IPAV), e que se tem dedicado a diversas causas sociais.

O Presidente da Região Sul deu as boas-vindas aos participantes e, antes de apresentar o convidado com um papel tão ativo e reconhecido na área da responsabilidade social, partilhou duas histórias no âmbito intervenção social relacionadas com duas das presentes no jantar, que de forma mais ou menos anónima, vão exercendo uma ação influente nas respetivas comunidades.

O "ser pontífice" foi o mote para o início do debate com o Dr. Rui Marques. Etimologicamente, "pontífice", que começou por significar literalmente um construtor de pontes durante o império Romano, passou posteriormente, no sentido metafórico,a simbolizar um construtor de pontes entre os homens, preparando os caminhos para o diálogo e entendimento.

O "construtor de pontes" pode, simultaneamente, adquirir um sentido transversal, não só entre os homens, nos vários domínios e saberes, mas também na ação de construção de infraestruturas, como na edificação de pontes. Os princípios e regras dos "pontífices", segundo o convidado, podem estar assentes em 7 pilares. O primeiro, consiste no reconhecimento da existência de margens entre os dois lados, e o estar-se consciente que, para uni-las, há que ultrapassar os obstáculos que as separam. O segundo princípio, alude ao conhecimento a fundo, das margens a unir. Cada margem tem as suas características e especificidades, das quais, se não houver um domínio prévio, estas poderão comprometer todo o processo de construção. A terceira vertente assenta na planificação, na definição de objetivos e delineação de etapas. O quarto pilar está assente nos vários domíniodo "saber”, onde se refletem as competências técnicas e relacionais tanto do engenheiro, como do arquiteto, onde os pequenos erros, podem ser fatais. A quinta regra está relacionada com os princípios da mecânica e da física, em que a gravidade, resistência e flexibilidade, são alicerces importantes paraa estabilidade de toda a estrutura. O sexto aspeto relaciona-se com a interaçãoentre as duas margens e a utilização bidirecional, o que faz com que cada um dos lados, se desenvolva e cresça, estimulado pelo que o outro lhe dá. Por fim, a sétima regra indica-nos que é preciso investirna manutenção, um trabalho contínuo e permanente, que possibilita aconservação e subsistência das estruturas.

No final, decorreram algumas intervenções, onde foram abordados alguns temas da atualidade, tal como a crise dos refugiados ou questões delicadas sobre o médio-oriente, onde os "pontífices" têm uma papel relevante na resolução de conflitos.

As "Conversas a SUL" pretendem trazer à Ordem várias personalidades de referência na sociedade portuguesa, provenientes de diversos quadrantes, que possam promover a reflexão e o debate sobre temáticas de interesse para os membros. 

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