O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, presidiu, esta quarta-feira, ao encerramento da Convenção da Construção, saudando o esforço e qualidade das Conclusões e Propostas apresentadas no final do evento: "Desaproveitar este trabalho é um desperdício nacional”, afirmou depois de ter assistido ao painel final. Após avaliação das propostas, tendo assinalado a sua concordância com algumas, o Presidente da República lançou um repto aos organizadores: "O desafio é pegar na mensagem de hoje e fazê-la ecoar no Parlamento e no Governo.”

Antes do Encerramento, as Conclusões e Propostas para o setor foram apresentadas no painel final da Convenção, de onde saíram as duas posições conjuntas, que foram no local entregues ao Presidente da República e que vão chegar ao Governo durante o próximo mês de janeiro.

A propósito das conclusões e propostas da Convenção, o Bastonário Fernando de Almeida Santos afirmou que o maior desafio para o Governo é a "decisão”: "O não fazer está a sair muito mais caro a Portugal do que fazer.” 

O debate e as Conclusões foram promovidos pelos organizadores da Convenção, Fernando de Almeida Santos, Bastonário da Ordem dos Engenheiros, Manuel Reis Campos, Presidente da CPCI, Gonçalo Byrne, Presidente da Ordem dos Arquitetos, Armindo Monteiro, Vice-presidente da CIP, e Laura Caldeira, Presidente do LNEC. A Convenção foi organizada para debater os temas da Habitação e Infraestruturas, desde a análise das dificuldades e oportunidades para o setor, até às questões estratégicas e técnicas que deverão ser acauteladas nas soluções a adotar para o investimento público e privado.

O segundo dia da Convenção esteve focado no tema das Infraestruturas. A intervenção de arranque esteve a cargo de Luís Valente de Oliveira, Engenheiro Civil e ex-Ministro, sobre as "Urgências da construção". Foi o mote para o primeiro painel de debate as questões estratégicas à volta da Contratação Pública, versando tópicos como a execução de fundos PT 2030 e PRR, a salvaguarda do interesse nacional, o problema da litigância na construção, os modelos de contratação e os desafios na ação, decisão e implementação. Intervieram Fernando Batista, Presidente do IMPIC, Carlos Mineiro Aires, Presidente do CSOP, Carlos Mota Santos, Vice-presidente da Mota-Engil, António Carlos Rodrigues, CEO da Casais e Diretor da AICCOPN, e Ricardo Duarte, Vice-presidente do CDRC da OE.

As políticas do setor foram o tema do painel seguinte, tendo abordado a construção sustentável, a dimensão da construção no "país real”, a construção como fator de coesão e desenvolvimento social, a importância do planeamento atempado e estruturado e a evolução da digitalização da construção. Participaram Benedita Martins, CEO da Conduril, Ana Quintas, Vogal do CDRN da OE, Ricardo Campos, Presidente do Fórum Energia e Clima, e Ricardo Reis, Engenheiro Civil.

As dificuldades e soluções para a construção mereceram um painel de debate para discutir a falta de mão de obra (qualificada e não qualificada), as políticas de formação, profissionalização, e captação de talentos, a notoriedade do setor e a ausência de decisores públicos técnicos, com as intervenções de Jorge Nandin de Carvalho, Presidente da APPC, Bento Aires, Presidente do CDRN da OE, José Teixeira, CEO da dst, Rui Furtado Marques, da HCI, e Joaquim Nogueira de Almeida, Engenheiro Civil.

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