Decorreu no passado dia 19 de Junho a conferência sobre Edifícios e Património no âmbito das sessões Smart Cities, que contou com mais de 80 participantes. O Presidente do Conselho Diretivo da Região Sul Eng. Carlos Mineiro Aires abriu a conferência referindo a atualidade do tema perante a necessidade de racionalização de energia numa altura em que a utilização dos edifícios é responsável por importante fatia do consumo energético nas cidades, bem como das emissões de CO2 e outros gases de efeito de estufa. O moderador, Prof. Valter Lúcio, iniciou a sessão enquadrando o tema da construção e reabilitação do património em cidades inteligentes, apresentando os oradores convidados. - Eng Filipe Martins Rodrigues: "Eficiência energética é a resposta. Qual é a pergunta ?" Uma abordagem completa dos edifícios na ótica da energia, tendo em conta a evolução populacional crescente a viver em cidades (60-70% da população mundial) e como satisfazer as futuras necessidade energéticas, salientando a importância da racionalização ao nível das redes e dos edifícios. Os sistemas de gestão de energia e domótica terão certamente um importante papel nesta área. - Arq. Camilo Rebelo : "Edifícios do Futuro." Uma demonstração de como é possível compatibilizar a beleza arquitetónica, com o conforto, iluminação natural e eficiência energética com a maximização das áreas construídas enterradas. Surge assim uma proposta para a racionalização do espaço edificado com base numa arquitetura pensada para um melhor aproveitamento da política de solos e reaproveitamento do subsolo. Recolocando áreas fechadas comuns como estacionamentos, superfícies comerciais e outras infraestruturas edificadas, libertado as áreas superficiais para melhorar a qualidade de vida da cidade superpovoada. - Sr. Prof. João Appleton: "Reabilitação do Património nas Smart Cities." A razoabilidade de apetrechar os edifícios antigos e património com performances energéticas e novas funcionalidades como o conforto e modernidade, preservando as características arquitetónicas, estruturais e a seleção dos materiais. Trata-se de uma compatibilização muito difícil e exigente, que requer muita arte e engenho nas intervenções, por vezes de elevados custos e nem sempre possíveis de alcançar na sua plenitude. O Prof. Appleton brindou-nos com inúmeros exemplos de obras atuais que demonstraram bem estas dificuldades, constituindo exemplos de uma extraordinária valorização do nosso património construído. A sessão foi encerrada pela Coordenadora do Conselho Regional Sul do Colégio de Engenharia Civil, Engª Ângela Nunes, após a discussão e debate.
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