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Engenheiros debatem risco sísmico no ordenamento do território

Bastonário participa na Sessão de Abertura

08 de Junho de 2016 | Geral


A comunidade técnica junta-se hoje, dia 8 de junho, no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) para debater as questões relacionadas com o risco sísmico no ordenamento do território, num Seminário presidido pelo Secretário de Estado das Infraestruturas.

O Bastonário da Ordem dos Engenheiros, Eng. Carlos Mineiro Aires, que interveio na Sessão de Abertura, deixou várias mensagens aos presentes.

"Reconhecidas as dificuldades de atuação no território e na prática de intervenção no âmbito da segurança sísmica, é, pois, legítimo que se pretenda sensibilizar as comunidades e políticos, já que os técnicos, se forem engenheiros devidamente qualificados, estão vocacionados para encontrarem respostas e evitarem que se comentam erros neste domínio.”

Mineiro Aires prosseguiu, recuperando o tema do enfraquecimento técnico da administração pública para o qual a Ordem dos Engenheiros tem alertado. "Por outro lado, o enfraquecimento da administração pública e das competências das instituições, a que temos vindo a assistir, em aspetos fulcrais para qualquer Estado moderno, como é o caso da aquisição contínua e do tratamento de conhecimento, não podem ser, nestes aspetos, um bom augúrio, quando se pretende ter um Estado forte e capaz de assegurar condignamente as obrigações constitucionais que lhe competem em matéria de segurança de pessoas e bens.”

Em termos estritamente técnicos, o responsável alertou para a importância de as ações de reforço estrutural serem consideradas nos projetos de reabilitação, de contrário cingir-se-ão a operações de conservação. "O não reforço estrutural nestas intervenções, pode comprometer a virtuosidade e bondade dos investimentos. Sabido que muitos destes fogos são colocados no mercado, seria de grande utilidade que os potenciais compradores fossem devidamente informados da real qualidade do que estão a adquirir, pois a perenidade e até o valor do bem, poderão estar seriamente comprometidos.”

Carlos Mineiro Aires finalizou a sua intervenção advertindo para o nível de responsabilidade associado a intervenções em zonas sísmicas, que exige competências específicas.

"Como Bastonário da Ordem dos Engenheiros, recordo que, nestes aspetos, onde a sismicidade pode constituir um risco efetivo, a gestão, a fiscalização e direção de obras, planificação, coordenação e avaliação, reportadas à edificação, devem ser asseguradas em exclusivo de quem domina estes assuntos, ou seja, por engenheiros civis habilitados, e não por qualquer um que não domine estas áreas de intervenção.”

A organização do Seminário competiu ao LNEC, à Ordem dos Engenheiros, à Ordem dos Arquitectos e à Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica.

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