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Engenheiros visitam a ETAR Alcântara

19 de Novembro de 2019 | Engenharia do Ambiente




No passado dia 13 de setembro foi realizada uma visita técnica à ETAR de Alcântara, dando continuidade ao interesse suscitado em anos anteriores. A visita contou com 21 participantes, incluindo membros inscritos não só no Colégio de Engenharia do Ambiente mas também de outros colégios cuja atividade se relaciona com a temática do Ciclo da Água.

Um dos principais tópicos abordados na apresentação da ETAR prende-se com a nova designação deste tipo de infraestruturas, para "Fábricas da Água”. Esta designação tem por objetivo salientar a potencialidade de valorizar as águas residuais através da extração de recursos no decorrer do processo de tratamento, tais como biosólidos, energia e água tratada para reutilização, contribuindo assim para o conceito de Economia Circular.

A Fábrica da Água de Alcântara, construída na sua versão inicial em 1989, serve parte dos municípios de Lisboa (Zona Ocidental), Amadora e Oeiras e foi alvo de uma profunda remodelação e ampliação em 2006, dispondo atualmente de um tratamento de nível secundário com sistema de biofiltração. A água reciclada, produto designado pela Tejo Atlântico como Água +, tem um nível de tratamento terciário através de microfiltração seguida de desinfeção por Radiação Ultravioleta  (UV).

No âmbito desta remodelação foram instaladas duas linhas de tratamento, uma para operação em "tempo seco”, onde os caudais são mais reduzidos, e outra, denominada de "tempo húmido", preparada para receber e tratar uma componente significativa dos caudais com contribuição pluvial que afluem durante eventos de precipitação.

Para além da visita guiada aos principais órgãos de tratamento da Fábrica da Água, foram igualmente apresentadas as principais fases de construção da obra de ampliação, salientando os desafios e as soluções encontradas para garantir a execução, mantendo o funcionamento simultâneo da ETAR existente.

Outro fator de destaque prendeu-se com a cobertura completa da Fábrica da Água, destinada ao controlo de odores. A cobertura de todos os processos e atividades  foi concebida por forma a permitir uma integração paisagística ímpar em infraestruturas do género, através da instalação de um telhado verde, que pretende estabelecer a continuidade entre  Monsanto e o Vale de Alcântara.

Com capacidade para tratar as águas residuais de cerca de 750.000 habitantes-equivalentes, a Fábrica da Água de Alcântara é a maior infraestrutura do seu género em Portugal. Pela sua dimensão e capacidade de tratamento e o seu sistema intercetor, este conjunto de infraestruturas contribui de forma significativa para a despoluição do rio Tejo, melhorando o Ambiente e a qualidade de vida de todos os que habitam a região.


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