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Ensino Superior | Resultados da 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso 2022

12 de Setembro de 2022 | Geral




A Ordem dos Engenheiros (OE) congratula-se com os resultados da 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior, que demonstram que as engenharias se mantêm nas primeiras opções de escolha dos candidatos.

De acordo com os dados divulgados pela Direção-Geral do Ensino Superior, dos oito cursos com notas de admissão mais elevadas, cinco são de engenharia, sendo que Engenharia Aeroespacial e Engenharia Física Tecnológica do Instituto Superior Técnico (IST), bem como Engenharia e Gestão Industrial da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), ocupam, respetivamente, os segundo, terceiro e quarto lugares da lista de acesso, com notas de admissão situadas entre 188,5 e 187,3. Destaque, igualmente, para os cursos de Bioengenharia da FEUP (186,5) e de Engenharia Aeroespacial da Universidade do Minho (186,2).

Apesar da redução do total de vagas libertadas para as engenharias (12.387 face às 12.583 em 2021), o número de colocados subiu, resultando em 9.575 candidatos com entrada garantida nesta primeira fase, em contraponto com os 9.261 de 2021. O número de vagas que transitam para a segunda fase do concurso nacional de acesso é, assim, inferior, descendo de 3.370 em 2021, para as 2.810 atuais.
A análise dos resultados permite ainda concluir que houve uma diminuição do número de cursos com menos de 15 candidatos colocados (83 cursos face aos 91 de 2021), embora se registem 23 cursos sem alunos colocados.

A OE encara com preocupação a quantidade de cursos na área das engenharias sem colocações, nomeadamente, no que toca à Engenharia Civil e Agronómica.
Para o Bastonário, Fernando de Almeida Santos, estes resultados representam "um problema nacional e estratégico”. "Tendo por princípio que a construção é responsável por 5% ou 6% do PIB, seria preciso formar cerca de 500 engenheiros civis por ano. Em média, têm sido 250. Se o país quer cumprir os investimentos previstos, por exemplo no Plano de Recuperação e Resiliência, é preciso formar o dobro dos engenheiros nestas áreas tradicionais”, alerta o responsável.

Relativamente aos subsistemas de ensino universitário e politécnico, constata-se terem sido preenchidas 91,3% das vagas disponíveis nas universidades e 55,20% dos lugares libertados pelos institutos politécnicos para as engenharias.

Numa análise global dos resultados do concurso nacional de acesso, verifica-se que a engenharia seguiu a tendência geral no que concerne à diminuição das vagas disponibilizadas para a primeira fase. Já no que se refere ao número de colocados, a realidade desta área do conhecimento é contrária ao todo nacional, uma vez que o número de colocados em engenharia é, como referido, superior ao do ano transato, quando, em termos globais, o total de candidatos colocados é inferior (49.288 em 2022 e 49.452 em 2021). Regista-se, assim, o aumentado do interesse dos candidatos pelos cursos de engenharia.

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