O Conselho Diretivo da Região Sul promoveu no passado dia 26 de fevereiro, pelas 17h30, no Auditório da sua Sede, em Lisboa, um Seminário subordinado ao tema "Um roteiro do produto ao plano de negócios”, que resultou de uma parceria com a Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE).

A sessão teve início com o orador convidado, Pedro Dias Coelho, diretor executivo da ANJE, que deu as boas vindas aos convidados e à assistência composta por quarenta e cinco participantes, agradecendo ainda à Região Sul da OE o convite para ser o orador principal da sessão.

Após as boas-vindas o orador começou por introduzir o tema do empreendorismo explicando que criar uma empresa implica um conjunto de conhecimentos que permitam uma avaliação prévia do risco dessa decisão. Quando se opta por se ser empreendedor, não existem garantias. Ganhar ou perder, ter sucesso ou insucesso depende, em grande medida, da própria pessoa, da sua capacidade para agir em conformidade. Assim, será importante determinar, numa primeira fase, até que ponto as características pessoais de um indivíduo, bem como as suas motivações e qualificações, são ou não adequadas ao papel de empreendedor. Caso o indivíduo entenda que a criação de um negócio é uma decisão acertada, deve, então, dar início a um conjunto de etapas nesse sentido. A decisão deve ser baseada na análise sistemática das suas diferentes componentes, de forma a assegurar o cumprimento do conjunto de condições que minimizem o risco envolvido.

Na perspetiva de Pedro Dias Coelho, um empreendedor deve antes de mais questionar-se a si próprio. Deve efetuar uma avaliação pessoal com vista a identificar qual o tipo de negócio que melhor se adequa às suas características. Para isso, é necessário recolher várias informações, nomeadamente, quanto aos motivos existentes para a criação de um negócio próprio (dinheiro, criatividade, liberdade ou outros motivos), às aptidões e qualificações pessoais apresentadas, ao montante de capital a investir, se está em causa venda de produtos ou a prestação de serviços, entre outras. Só depois se deve preocupar com a análise do mercado, com a identificação de potenciais clientes, potenciais concorrentes, níveis de preços praticados, localizações disponíveis e adequadas.

A identificação objetiva do projeto e dos seus principais promotores, a definição da forma jurídica da empresa, a apresentação do negócio e a descrição sumária das suas diversas componentes, a análise do mercado, da concorrência e fornecedores, dos processos, o plano de marketing e o estudo económico e financeiro são as etapas que materializam o Plano de Negócios e que Pedro Dias Coelho explicou aos participantes pormenorizadamente.

No final do seminário houve um espaço para esclarecimentos e troca de opiniões entre o orador convidado e os Engenheiros presentes.