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Noticia - Engenheiros unidos

Declaração de Lisboa assinada por 16 países de língua oficial portuguesa e castelhana


Lisboa foi palco de um momento histórico para os engenheiros civis de língua oficial portuguesa e castelhana, com a assinatura da "Declaração de Lisboa", a 12 deste mês, que emanou do 1.º Encontro das Associações Profissionais de Engenheiros Civis dos Países de Língua Oficial Portuguesa e Castelhana.

Nos países de língua oficial portuguesa e castelhana, a engenharia civil teve a sua origem na engenharia militar, que em Portugal e em Espanha foi reconhecida oficialmente há mais de 350 anos, sendo uma das mais antigas da Europa.

Esse legado técnico comum, e o posterior desenvolvimento científico, tem sido honrado pelos engenheiros civis desses países, quer através dos requisitos de formação para se exercer a profissão, quer na forma como aplicam os seus conhecimentos. Este contexto forneceu o background necessário para que fosse possível chegar a um acordo comum sobre várias matérias.
Durante o encontro, foram abordadas questões como o papel dos engenheiros civis na satisfação das necessidades básicas da população, a globalização, o reconhecimento das competências e a formação contínua para a manutenção dessas competências.

Em resultado da discussão destes pontos foi assinada a "Declaração de Lisboa", onde são destacados 20 pontos consensuais no que respeita ao exercício da profissão de engenheiro civil.
O Bastonário da Ordem dos Engenheiros de Portugal, Eng.º Fernando Santo, salienta, entre outros pontos, o reafirmar da engenharia civil como uma profissão de interesse público. O Bastonário sublinhou ainda a concordância na necessidade dos cursos de engenharia civil terem uma duração de cinco anos, como uma formação integrada de ensino superior.
"Entendeu-se também que deve haver uma separação entre os títulos académicos, que são dados pelas universidades, e os títulos profissionais, que são atribuídos, pelas associações profissionais, uma vez que nem sempre os conteúdos das formações académicas dão aptidão para as competências exigidas na profissão", comentou o Eng.º Fernando Santo.
Outro importante aspecto acordado pelos participantes no encontro foi a necessidade de formação ao longo da vida, que "permita aos engenheiros manter as competências que foram adquiridas em determinado momento da vida, mas que, com a experiência e a evolução da ciência e tecnologia, tem que continuar a ser mantida", salientou. Acrescentando que outro importante tema é o combate à corrupção. "E o sector da construção é um dos sectores onde se verificam, sistematicamente, maiores desconfianças, e, portanto, os engenheiros devem pugnar por apresentar propostas de simplificação legislativa, de análise de processos produtivos, em que a engenharia do processo permita reduzir as arbitrariedades, aumentar a transparência e a objectividade" afirmou.

A contribuição dos engenheiros civis para o desenvolvimento sustentável também foi alvo da declaração assinada.
Após um dia de intensos trabalhos, os engenheiros presentes no Encontro, jantaram no Museu dos Coches, jantar que contou com a presença do Primeiro-ministro José Sócrates, que saudou a realização deste evento em

Portugal e a importância da assinatura da Declaração de Lisboa. José Sócrates salientou ainda o importante papel da engenharia nas sociedades contemporâneas. "A engenharia é uma profissão que olha para o futuro, baseando-se na acção e na vontade", comentou.

O Primeiro-ministro falou do importante contributo que os engenheiros têm tido na internacionalização da economia portuguesa, e agradeceu à Ordem o papel que tem tido em várias matérias importantes para o país.
No jantar estiveram presentes os Ministro dos Transportes, Obras Públicas e Comunicações, Eng.º Mário Lino, e a Secretária de Estado dos Transportes, Eng.ª Ana Paula Vitorino.

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