O conhecimento da superfície terrestre e do território, assim como a georreferenciação rigorosa da informação geográfica, são aspectos chave para o rdenamento do território e para o desenvolvimento sustentável, e exigem o domínio de ciências e tecnologias muito específicas, que tiveram uma grande evolução científica e tecnológica nas últimas décadas.
O Colégio de Engenharia Geográfica da Ordem dos Engenheiros organizou, entre 7 e 8 de maio de 2009, no Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha, a VI edição da Conferência Nacional de Cartografia e Geodesia (CNCG2009).
Foram abordadas as temáticas científicas, tecnológicas e profissionais, que constituem as âncoras dos processos de produção de informação georreferenciada, no âmbito da Geodesia e Topometria, da Cartografia e do Cadastro, dos Sistemas de Informação Geográfica, da Detecção Remota, da Hidrografia e da Informação Geográfica para o Ordenamento do Território.
Foram submetidas à CNCG2009 cerca de 60 comunicações distribuídas por temáticas diversas, como modelação do Geóide, monitorização do nível médio do mar, monitorização de obras de engenharia, modelação altimétrica, generalização cartográfica, conversão entre sistemas de georreferência, avaliação e controlo da qualidade de equipamentos topográficos, aplicações da detecção remota, interferometria RADAR, análise espacial em SIG, planeamento urbano, entre outras.
Teve lugar, durante a CNCG2009, um Painel sobre a implementação da Diretiva ISPIRE (Infrastructure for Spatial Information in the Comunity), adoptada em 14 de Março de 2007, com ênfase na componente de Especificação e Harmonização dos Dados, dado que está atualmente em curso o estabelecimento de regras de implementação de alguns tipos de informação geo-espacial, tais como sistemas de referência, grelhas geográficas, unidades administrativas, parcelas cadastrais, toponímia, hidrografia, redes de transportes, sítios protegidos, etc., assim como das componentes que vão permitir a interoperabilidade e a partilha da informação (serviços de transformação, redes de dados, etc.). Foi objectivo desta sessão proporcionar um debate em torno dos vários aspectos envolvidos (nomeadamente científicos, técnicos, oportunidades de negócio) e da capacidade de intervenção da comunidade nacional interessada no desenvolvimento desta infra-estruturas Europeia.