VISITA TÉCNICA (06 de dezembro)
SECIL – Fábrica de Maceira-Liz




A 4 de julho de 1920, na Gândara (Leiria), era colocada a primeira pedra da futura fábrica de cimento Maceira-Liz, que foi inaugurada oficialmente a 3 de Maio de 1923. Com o arranque da primeira linha de produção, lançou-se no mercado a marca de cimento Liz, um cimento do tipo Portland, rapidamente absorvido pelo consumo interno que, reconhecendo a sua qualidade, justificou cinco anos depois a instalação de uma segunda linha de fabrico. Em todo o processo de fabrico são utilizados avançados meios tecnológicos, introduzidos pela primeira vez em Portugal, como sejam a utilização de prensa de rolos na moagem de clínquer (produto intermédio na produção de cimento) e o sistema de carregamento rodoviário de cimento a granel em regime de "self-service".

Entre 1968 e 1970 entraram em funcionamento duas outras linhas de produção, apresentando como inovação, em Portugal, os fornos curtos com torres de pré-aquecimento e o comando centralizado de todo o processo fabril. Linhas essas que, após remodelação em 1986, são hoje responsáveis pela produção de mais de 1 350 000 toneladas/ano de cimento cinzento. Foi também ali que se deu início a um processo de aproveitamento de pneus usados para a produção de 10% a 13% da energia térmica necessária a cada um dos fornos. Outro dos domínios de inovação em que a Maceira-Liz se distinguiu foi na produção de embalagens, existindo no seu perímetro industrial, há mais de 50 anos, uma fábrica de sacos de papel com uma capacidade de produção de 40 milhões de unidades/ano, parte da qual é vendida a outras indústrias.

Maceira-Liz é pois, uma fábrica com uma história, aliás muito bem documentada num interessante museu, onde o público pode apreciar peças valiosas ligadas aos primórdios da indústria e que estão catalogadas internacionalmente como exemplares raros.




O Plano de Recuperação Paisagística das Pedreiras da Fábrica Maceira-Liz foi aprovado em 1994 e encontra-se em fase de execução. Os trabalhos desenvolvidos caracterizam-se por:

•    Adjudicação da elaboração do programa detalhado de realização da Recuperação Paisagística à Aliança Florestal
•    Plantações: 1480 unidades
•    Manutenção das áreas plantadas
•    Movimentação de terras: 650 t
•    Colocação de terras: 17 752 t
•    Modelação final dos taludes finalizados nas zonas E e F da Pedreira de Calcário
•    Preparação das áreas a plantar junto à EN: 356-1, com realização de comoros
•    Preparação dos Taludes finalizados na Pedreira da Calcário como início de realização da rede de drenagem




VISITA SOCIAL (06 de dezembro)
Museu do Vidro da Marinha Grande




O Museu do Vidro é uma instituição permanente, sem personalidade jurídica e sem fins lucrativos, ao serviço da sociedade e do seu desenvolvimento. Reúne coleções que testemunham a atividade industrial, artesanal e artística vidreira portuguesa, desde meados do século XVII/XVIII até à atualidade. Trata-se do único museu especificamente vocacionado para o estudo da arte, artesanato e da indústria vidreira em Portugal.

Embora o âmbito e objetivos do museu aquando da sua criação e consequente elaboração do programa museológico não tenham sido alargados a épocas anteriores, se tivermos em conta a sua representatividade e abrangência nacional, os projetos de investigação que tem concretizado e em que tem estado envolvido, e tendo em conta que se trata do único museu desta especialidade em Portugal, justificou-se uma reflexão que conduziu na elaboração do novo programa museológico ao alargamento de tais parâmetros para incorporação de vidro essencialmente de natureza arqueológica anteriores ao processo de industrialização e consequente tratamento de testemunhos, temáticas e processos anteriores ao século XVIII.

No domínio das artes plásticas, o museu procura dar representatividade às mais variadas tendências artísticas e do design, procurando reunir uma coleção internacional de vidro artístico contemporâneo, atualmente constituída por dezenas de obras de artistas portugueses e estrangeiros do século XX à atualidade.
Além do importante papel ao nível do estudo da atividade industrial vidreira do passado, o museu também se ocupa da documentação da atividade presente e incentivando a sua continuação no futuro.

O Museu do Vidro encontra-se aberto ao público seis dias por semana, com uma programação cultural diversificada, e constitui um dos mais importantes centros de valorização cultural individual e colectiva na área do vidro, bem como de atracção de fluxos de lazer e turismo na região da Marinha Grande.