As políticas de desenvolvimento sustentável e de descarbonização da União Europeia têm grande incidência na sua estratégia para o transporte ferroviário de mercadorias e passageiros, cujas orientações são vertidas em Regulamentação muito rigorosa, nomeadamente em termos de requisitos de interoperabilidade para as Redes Transeuropeias (RTE-T), onde se insere o Corredor Atlântico. Os mecanismos de cofinanciamento europeus para os investimentos nestas ligações, a nível transnacional, designadamente na implantação da Rede Principal (Core Network) pressupõem o cumprimento das diretivas em vigor.

No caso de Portugal estas ligações constituem um importante fator de competitividade, envolvendo a articulação com Espanha, para o que foi criado um grupo de coordenação para o acompanhamento e promoção das ligações ferroviárias entre os dois países.

Por sua vez, o Plano Ferroviário Nacional, lançado recentemente pelo Governo, não só esquematiza o acesso aos corredores internacionais de mercadorias, e a estruturação do eixo atlântico no transporte de passageiros, como aponta para especificações técnicas de interoperabilidade, que incidem sobre os sistemas de sinalização, de alimentação elétrica, gabaritos e bitola.

Ciente da atualidade e premência desta temática, a Ordem dos Engenheiros promove uma ação no sentido enquadrá-la e evidenciar a sua importância, assim como debater entre os seus membros, nomeadamente, as opções constantes daquele Plano e eventuais soluções alternativas, convidando para o efeito personalidades de reconhecida competência.