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Bastonário | Mensagem de Boas Festas

20 de Dezembro de 2021 | Geral



Caras e Caros Colegas,     

Uma vez mais, quando estamos perto do início de um novo ano, quero dirigir-vos umas breves palavras.    

Desta vez com uma acrescida razão, porquanto será a última mensagem do meu derradeiro mandato como Bastonário, que terminará no final do primeiro trimestre do próximo ano.    

Como todos saberão, se a saúde não nos trair ou outras razões o justificarem, o exercício destes cargos tem duas datas incontornáveis: o dia em os iniciamos e a data em que já sabemos que irão terminar.    

Por isso, sairei com a consciência tranquila de quem procurou fazer o melhor em prol dos destinatários dos serviços que asseguramos, os concidadãos contribuintes, e também na defesa dos interesses dos nossos membros, cuja atividade profissional regulamento.    

Nem tudo o que desejava fazer pôde ser conseguido, mas muito foi feito e, perdoem-me a imodéstia, estou convicto que a imagem e a intervenção da Ordem dos Engenheiros sairá ainda mais prestigiada perante o país e perante os portugueses, o que é o mais importante para a missão de qualquer Ordem profissional.    

A Ordem dos Engenheiros, para além de ser uma das mais reconhecidas associações profissionais de Portugal, também é merecedora da admiração das congéneres internacionais e um exemplo no relacionamento internacional, onde assegura o papel que, por vezes, o Estado teria mais dificuldade em encontrar soluções.    

Contudo tenho razões de queixa, sobretudo, pena pelo facto deste último mandato, que seria de três anos, ter sido amputado e fortemente prejudicado pela situação sanitária decorrente da pandemia COVID 19, que teve fortes impactos sociais e económicos e que já nos causou cerca de 19 000 vítimas, que nos impediu de fazermos muito do que pretendíamos e que, em boa parte, nos quebrou o ímpeto que só a presença física permite animar.    

Felizmente que a nossa profissão, nas suas diferentes especialidades, não foi particularmente afetada, sobretudo se comparada com a de outros profissionais que viram as suas atividades paralisadas.    

Também devo reconhecer o papel da engenharia na resposta aos desafios da pandemia, pois, para além da capacidade inovadora, muitas empresas reinventaram-se e foram capazes de se tornar produtoras e até exportadoras de bens e soluções tecnológicas de que o país carecia, sem nunca colocar em causa a atividade produtiva e os serviços essenciais que asseguramos.    

Também passou mais um ano em que o nível médio dos salários praticados continuou a ser baixo, à semelhança do que sucede na generalidade das outras profissões, pois a queixa é comum, mas este não é certamente o caminho correto para a atratividade e fixação dos jovens talentos no seu país.    

O maior desafio coletivo que enfrentamos obrigará à reconversão da nossa economia, fazendo-a crescer e tornando-a competitiva, sendo que temos diante de nós uma década que aportará a maior conjugação de financiamentos a que até hoje tivemos acesso, oportunidade que não pode ser desperdiçada.    

Acredito que é possível termos um futuro melhor, com novas soluções ambientais, desafios digitais e respostas tecnológicas, com uma forte intervenção das novas gerações e com o crescimento de uma nova economia, o que exigirá sempre a omnipresente intervenção da engenharia.    

Por isso, temos razões para acreditar num futuro melhor, onde teremos sempre um papel crucial e seremos os agentes da mudança para a criação de riqueza que possa ser distribuída por forma a criar níveis de vida que se aproximem da média da União Europeia.    

Para além de vos desejar um Feliz Natal e um excelente Ano novo, a todas e todos desejo os maiores sucessos pessoais e profissionais, saúde e, sobretudo, que concretizem os vossos sonhos.    

Com estima, aceitem o meu abraço amigo     
 
Carlos Mineiro Aires    

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