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Apresentação do "Projeto TEJO" na Delegação Distrital de Santarém

16 de Julho de 2018 |




A Delegação Distrital de Santarém promoveu, no passado dia 5 de julho, uma conferência para apresentação do 'Projeto TEJO – Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos do Tejo e Oeste', tendo como oradores Miguel Campilho, administrador da empresa Lagoalva, e Jorge Vitorino Froes, Engenheiro Agrónomo, que contou com a presença de 30 membros.

Com um investimento de 4,5 milhões de euros (aproximadamente 15.000€ / ha), o projeto em causa pretende equipar com um sistema de rega uma área que poderá ir até aos 300 mil hectares nos próximos 30 anos, dos quais 240 mil no Ribatejo, 40 mil na região Oeste e 20 mil em Setúbal, integrando e modernizando, caso os mesmos o pretendam, os regadios coletivos já existentes, nomeadamente no Sorraia, Lezíria Grande, Carril, Alvega, Cela, Alvorninha, Sobrena, Óbidos e Liz, e, em simultâneo, pretende resolver problemas atuais do rio e criar novas valências.

Atualmente o Tejo tem 100.000 ha de regadio proveniente de captação subterrânea. Com a implementação deste projeto prevê-se que atinja quase o dobro da área que o Alqueva irá regar, destacando a criação de um espelho de água contínuo através da construção de seis açudes, até quatro metros de altura, entre Abrantes e Lisboa, com escada passa-peixes e mini-hídricas que vão tornar o Tejo navegável, e com estações elevatórias que vão permitir bombar a água para as encostas da Lezíria e também da zona Oeste.

Em termos de intervenção, os objetivos deste projeto consistem no combate à desertificação agrícola, ao abandono das águas subterrâneas, ao controlo da intrusão salina, à redução de prejuízos das cheias, ao controlo dos danos da poluição hídrica, ao restabelecimento da navegabilidade, à recuperação da piscicultura, ao desenvolvimento do turismo, à produção de hidroeletricidade e à expansão da área regada.

Quanto ao investimento, a parcela referente às redes de rega é a que tem maior peso no custo total. Por outro lado, com a construção dos açudes, todos os problemas atualmente existentes no rio Tejo ficariam resolvidos, à exceção da rega.

Os próximos passos a dar neste projeto, até ao final do ano de 2018, são a promoção de encontros (institucionais e técnicos), a implementação de um veículo de gestão de curto prazo (modelo e equipa), a angariação de fundos para estudos (entidades públicas, privadas e bancos) e a realização de estudos preliminares (técnicos, económicos e ambientais), com o objetivo de entregar o plano ao Governo no final do ano corrente.

No final da sessão houve lugar a um período de debate e esclarecimento de dúvidas relativamente ao projeto apresentado. 

A Delegação Distrital de Santarém da Ordem dos Engenheiros agradece a disponibilidade do Administrador da empresa Lagoalva, Miguel Campilho, e do Eng. Jorge Vitorino Froes, por terem acedido à proposta de apresentação deste relevante projeto nesta sede distrital.

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