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Bastonário Carlos Mineiro Aires fala ao Jornal Económico sobre comboio de alta velocidade

13 de Setembro de 2019 | Geral

Questionado pelo Jornal Económico sobre o posicionamento da Ordem dos Engenheiros relativamente às virtudes da introdução da alta velocidade em ferrovia no País, Carlos Mineiro Aires defende que ligações rápidas entre Lisboa e Porto, correspondentes à modernidade do Século XXI, são essenciais, e lamenta que a aposta na ferrovia tenha sido descurada.

"'É lamentável que o país não tenha ainda uma ligação Norte-Sul em alta velocidade. Houve uma oportunidade perdida nas últimas décadas, em que se apostou na rodovia e não na ferrovia'.

O responsável defende uma ligação ferroviária entre Porto e Lisboa 'em linha com o século XXI', fazendo uma comparação com a autoestrada Lisboa - Porto: passaram décadas até que saísse do papel, mas não há hoje dúvidas quanto à sua necessidade. Face ao projeto anterior cancelado em 2012, o Bastonário considera desaconselhável voltar às discussões de traçado, em que 'todos os dias aparecia uma nova solução' e 'cada autarca queria ter uma estação'. 'O trajeto teria de ser avaliado, mas só pode haver no máximo uma estação. Depois tem é de se fazer ligações alternativas para quem chega e para quem parte dessa estação'.

O Bastonário da Ordem dos Engenheiros admite que, com um novo projeto, o financiamento poderia ser assegurado novamente com concessão a privados, 'desde que o problema se resolvesse'. Mas teria também de haver 'estudos de procura conscientes' e não as 'avaliações empoladas' do passado, que só 'serviam para viabilizar investimentos que não eram virtuosos'. Com a necessidade de reduzir o tráfego rodoviário, devido às emissões poluentes, e a falta de alternativas eficientes no transporte aéreo entre Lisboa e Porto, Mineiro Aires acredita que uma ligação ferroviária em alta velocidade teria procura: 'Faz todo o sentido'."

Nota: notícia redigida com base na edição do Jornal Económico de 13/09/2019