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CRC de Engenharia do Ambiente organiza jantar-debate sobre o Fundo LAND e a sua relação com o Mercado Voluntário de Carbono em Portugal

28 de Novembro de 2023 |

O Conselho Regional Sul do Colégio de Engenharia do Ambiente organizou um jantar-debate sobre o Fundo LAND e a sua relação com o Mercado Voluntário de Carbono em Portugal, dia 21 de novembro, no restaurante da Ordem dos Engenheiros.

Após as boas vindas e enquadramento do tema, pelo Eng.º Pedro Coelho do Conselho Diretivo da Região Sul, a sessão teve início com a intervenção da Eng.ª Ana Teresa Perez, Coordenadora do CRC de Engenharia do Ambiente, que se referiu à importância destes novos instrumentos e à sua relação com a política nacional de alterações climáticas.

A Eng.ª Ana Teresa Perez recordou que um dos objetivos do diploma que institui o mercado regulatório de carbono é trazer o investimento privado a projetos de gestão ativa em propriedade privada, intervindo o Estado como entidade reguladora que confere confiança aos créditos de carbono transacionados.

O potencial de crescimento destes mercados é muito relevante, quer para contribuir para as metas da neutralidade carbónica, quer para a promoção de projetos com impacto económico especialmente importante nos territórios mais deprimidos ou mais afetados por calamidades naturais, sendo muito relevante considerar a importância da sua regulação, de forma a garantir um elevado grau de confiança aos diferentes agentes.

Seguidamente, Ângela Lucas e Carlos Trindade do Fundo LAND apresentaram o projeto LAND, um fundo verde, sustentável e de impacto, focado em contribuir para a mitigação e a adaptação às alterações climáticas, centrando a sua atividade na gestão de ecossistemas agroflorestais e na promoção de serviços de ecossistemas associados à biodiversidade e ao restauro de ecossistemas, assumindo-se como promotor de nature based solutions para o sequestro de gases com efeito de estufa.

Como explicado, o LAND é uma oportunidade de investimento com um objetivo sustentável, focado na proteção, conservação e restauro dos ecossistemas naturais, garantindo um retorno financeiro para os seus investidores.

O Fundo destina-se a investidores profissionais e qualificados com objetivos ESG e de investimento de longo prazo, e foi autorizado pela CMVM como Fundo do Artigo 9.º ("Dark Green") nos termos do Regulamento SFDR (Sustainable Finance Disclosure Regulation).

Este Fundo foca-se na conservação, proteção e restauro de áreas abandonadas e menos favorecidas em Portugal e Espanha, incluindo áreas ardidas ao longo das últimas décadas, promovendo a coesão social, criação de emprego e revitalização de comunidades locais.

Os presentes tiverem oportunidade de colocar as suas questões, o que proporcionou animado e frutífero debate, com o qual foi possível conhecer em maior detalhe esta iniciativa inovadora.

Para finalizar, a Eng.ª Ana Teresa Perez referiu a importância desta sessão no atual contexto de implementação da política nacional de alterações climáticas e destacou a COP28, que começa dia 30 de novembro no Dubai, na qual o tema da gestão florestal estará também no centro das preocupações.

Consultar apresentação Fundo LAND