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Engenheiros debatem os Desafios Energéticos da Europa no século XXI

10 de Outubro de 2014 |


Teve lugar, no passado dia 8 de outubro, uma Conferência subordinada ao tema "Desafios Energéticos da Europa no Século XXI", dando continuidade ao ciclo de apresentações sobre a temática "Fontes Energéticas do Futuro". A conferência, organizada pelo Conselho Regional Sul do Colégio de Engenharia Mecânica, decorreu no Auditório da Sede da Região Sul da OE e contou com a participação de cerca de 60 Engenheiros. 

O Presidente do Conselho Diretivo da Região Sul da OE, Eng. Carlos Mineiro Aires, deu as boas-vindas aos participantes, agradecendo a presença de todos e apresentando o orador convidado, dando-lhe seguidamente a palavra. 

O Diretor Executivo do secretariado do projecto EUREKA, Eng. Pedro Sampaio Nunes, foi o orador convidado que abordou de uma forma muito genérica o que é este projeto e os seus principais objetivos, destacando que o mesmo tem por base estimular a produtividade e a competitividade da indústria europeia, promovendo a ligação entre empresas que produzem produtos e serviços, as instituições de I&D e as universidades, por forma a produzirem produtos tecnologicamente inovadores com perspetiva ao mercado europeu.

O projeto EUREKA integra 41 países designados "full members" e é seu objetivo escolher novos aliados que são os vizinhos de grandes potências (Canadá; Coreia do Sul; África do Sul). O Eng. Pedro Sampaio Nunes colocou especial ênfase no grave problema que a Europa está a enfrentar e que irá agudizar-se: o da falta de competitividade da sua indústria, a saber: na Europa o custo do gás natural ronda os 12 USD/MBTU e no continente norte-americano o valor do custo desta forma de energia em 2012, caiu para 3 USD/MBTU, relançando a economia americana.

O orador referiu ainda que, devido à expansão da produção do gás de xisto, os custos da geração de ciclo combinado caíram, e por esse facto a geração de carvão foi deslocada para a Europa. Este facto tem um impacto significativo nas emissões de gases de efeito de estufa dos EUA, que enquanto país não subscritor de Quioto, está efetivamente a reduzir as suas emissões com o descomissionamento de inúmeras centrais de carvão com a entrada de centrais de gás natural de xisto.

Relativamente a Portugal, referiu que pelo facto de se ter tomado uma atitude excessivamente voluntarista no setor energético, acabou por se criar um importante problema de custos elevados, o que está a prejudicar a competitividade da nossa economia. Sobre o mercado energético mundial, o orador destacou que este está numa fase de profunda restruturação, e que são três as principais condicionantes que poderão moldar o seu futuro, a saber: 1) a percepção da opinião pública quanto às questões climáticas; 2) a recuperação da crise económica; 3) a segurança de abastecimento.

Depois da apresentação, seguiu-se um período de debate no qual os participantes colocaram questões relacionadas com a temática apresentada. Após o debate, o Eng. Aires Ferreira, Coordenador do Conselho Regional Sul de Engenharia Mecânica, encerrou a sessão.

Consulte a apresentação do Eng. Pedro Sampaio Nunes, aqui

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