No passado dia 28 de setembro, teve lugar uma visita técnica à Herdade da Daroeira, unidade do Grupo Valouro, SA, promovida pelo Conselho Regional do Colégio de Engenharia Agronómica da Região Sul.

Os participantes foram recebidos no Hotel Rural da Daroeira pelo Sr. José António dos Santos, Presidente do CA do Grupo Valouro, acompanhado pelo Sr. Professor Chaveiro Soares, engenheiro agrónomo e antigo Presidente do Colégio Nacional de Engenharia Agronómica, atual consultor do Grupo Valouro para a área avícola e ligado desde a primeira hora a este empreendimento.

Antecedeu a visita um café de boas-vindas, onde o Sr. José António dos Santos teve a oportunidade de esclarecer os participantes sobre a génese e objectivos do projeto, dificuldades na sua execução, perspetivas de desenvolvimento, respondendo às questões que lhe foram colocadas, complementadas por intervenções do Prof. Chaveiro Soares na vertente mais técnica.

Acompanhado pelos anfitriões, o grupo percorreu a propriedade, dirigindo-se a um dos núcleos de produção de frangos onde era aguardado pela respectiva responsável, a Engª Fernanda Correia, que conduziu esta fase da visita e esclareceu as questões ligadas a esta atividade. Cada pavilhão alberga cerca de 50.000 aves durante cerca de um mês de duração do ciclo de cria, em condições de grande conforto ambiental e elevado controle sanitário. A produção anual de frangos da Herdade da Daroeira cifra-se em 15 milhões de unidades.

Os participantes puderam também observar as instalações de compostagem de estrumes, as maiores e mais modernas do país, nas quais se produzem de cerca de 10.000 ton anuais de um composto orgânico granulado, sanitariamente controlado para utilização em agricultura.

A visita prosseguiu para observação exterior do centro de abate, com uma capacidade de 8.000 frangos/hora, encerrado para as operações semanais de limpeza e manutenção.

O percurso dentro da propriedade permitiu apreciar uma vasta extensão de milho cultivado e regado por sistema de pivot circular (1.200 ha), com paragem junto da barragem principal da exploração (5.000 m3). Nesta infraestrutura, foi possível verificar o reduzido volume de água armazenado, fruto da prolongada estiagem que se verifica desde o outono de 2018, uma das consequências evidentes do fenómeno das alterações climáticas.

De regresso ao núcleo central da exploração, houve ainda ocasião para observar a fábrica de rações, com capacidade de fabrico de 32 ton/hora e o secador de milho anexo, com capacidade de secagem de 30 ton/hora, tendo o grupo assistido às operações de pesagem, colheita de amostras e descarga de um carro com milho acabado de colher do campo.

A visita terminou com um almoço tipicamente alentejano, simpaticamente oferecido pelo anfitrião, servido no salão do hotel da herdade, tendo proporcionado momentos de agradável convívio entre os participantes.