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Professor José Mariano Gago

Ordem dos Engenheiros manifesta pesar pelo seu falecimento

18 de Abril de 2015 | Geral


Na data de falecimento do Professor José Mariano Gago, a Ordem dos Engenheiros reconhece publicamente o contributo determinante que prestou à Ciência e à investigação nacionais, e expressa o seu pesar por tão grande perda.

José Mariano Gago licenciou-se em Engenharia Eletrotécnica pelo Instituto Superior Técnico, em 1971, e doutorou-se em Física pela Faculdade de Ciências da Universidade de Paris, em 1976.

Foi bolseiro do Instituto de Alta Cultura, no Laboratório de Física Nuclear e de Altas Tecnologias da École Polytechnique, entre 1971 e 1976, e na Organização Europeia de Pesquisa Nuclear, de 1976 a 1978. Foi Presidente da Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica, entre 1986 e 1989. Liderou o Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas, em Lisboa, e foi Professor Catedrático do Instituto Superior Técnico, em Lisboa.

Foi um dos responsáveis pela criação da Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, gestora da rede de Centros Ciência Viva, e publicou vários trabalhos como "Homens e Ofícios” (1978; 1982), "Manifesto para a Ciência em Portugal" (1990) e "O Futuro da Cultura Científica" (1994), em que defendeu a ciência e a tecnologia como bases para o desenvolvimento humano, social e civilizacional.

Na dedicação à causa pública, assumiu, nos XIII e XIV Governos Constitucionais (1995 a 2002), com António Guterres, a pasta de Ministro da Ciência e da Tecnologia, e nos  XVII e XVIII Governos (2005 a 2011) o cargo de Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, sob a liderança de José Sócrates

Reconhecido no País como um dos principais impulsionadores da cultura científica, Mariano Gago era igualmente prestigiado no espaço internacional, não só em resultado da sua atividade enquanto investigador, mas também pela liderança que exerceu nos processos de adesão de Portugal a algumas das mais importantes organizações científicas internacionais, como a Agência Espacial Europeia, o CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear) ou o Observatório Europeu do Sul.

No ensino superior, Mariano Gago criou o regime jurídico que ainda hoje regula universidades e politécnicos e que veio garantir mais autonomia e uma maior abertura ao exterior, com a criação dos conselhos gerais, onde estão representadas figuras exteriores às instituições. E alterou os estatutos das carreiras docentes universitária e politécnica.

"Era um homem de intelectualmente fascinante, com quem era muito interessante privar e trabalhar. E que acreditava que era através do conhecimento, da cultura e da ciência que era possível construir sociedades melhores", refere António Cruz Serra, Reitor da Universidade de Lisboa, ao jornal "Expresso”.

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