fechar
Acessibilidade (0)
A A A

Escolha o idioma

pt
atualidade_2488341014fa3f4a8ab7a2.jpg

Região Sul acolheu sessão sobre Hidrogénio Verde

25 de Outubro de 2022 | Geral




O Conselho Regional Sul do Colégio de Engenharia do Ambiente promoveu um seminário sobre Hidrogénio Verde no Auditório da Ordem dos Engenheiros, com transmissão online, no dia 12 de outubro.

Reconhecendo a importância da descarbonização da economia no contexto do combate às alterações climáticas, além do recurso às energias renováveis para suportar uma crescente eletrificação dos sistemas energéticos, temos vindo a assistir a novas soluções que prometem impulsionar a criação de valor de longo prazo, como o Hidrogénio Verde.

Neste sentido, o objetivo deste seminário foi discutir a importância do Hidrogénio Verde como veículo energético, particularmente, em setores para os quais a eletrificação se apresenta mais complexa, como a siderurgia, alguma indústria química e o transporte de longo curso.

Foram abordados diversos fatores a considerar para o desenvolvimento desta fileira, entre os quais a avaliação ambiental, a regulamentação e o desenho dos mercados, sem esquecer uma visão das empresas que, no terreno, têm projetos e soluções concretas para tornar o Hidrogénio Verde uma realidade.

A sessão teve início com a intervenção do Eng. Luís Machado, Presidente do Conselho Diretivo da Região Sul e da Eng.ª Ana Teresa Perez, Coordenadora do CRC Sul de Engenharia do Ambiente, que abordaram a importância do tema no contexto nacional, bem como da sua relação com a Ordem dos Engenheiros.

Na sequência, o Eng.º Campos Rodrigues, Presidente da Associação Portuguesa para a Promoção do Hidrogénio (AP2H2), fez um enquadramento geral do assunto, desde o início do seu desenvolvimento em Portugal até aos dias de hoje, focando a importância estratégica do Hidrogénio Verde para o país e o seu enquadramento do Plano Nacional de Energia e Clima, bem como no Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050.

A Eng.ª Sofia Simões, coordenadora da Unidade de Economia de Recursos do Laboratório Nacional de Energia e Geologia, apresentou os resultados do recente Atlas do Hidrogénio Verde Sustentável, explicando que o seu objetivo principal é apoiar a rápida transição para a economia do Hidrogénio em Portugal, criando uma base para visualização do que poderá representar a sua materialização à escala do território continental português.

Seguiram-se três estudos de caso relevantes de empresas que se encontram a desenvolver projetos em Portugal. O Eng.º Filipe Graça, em representação da Iberdrola, apresentou a aposta da Iberdrola no hidrogénio, referindo-se ao Hidrogénio Verde como um grande vetor de crescimento para a empresa, no contexto do seu ambicioso plano de investimento até 2030 no valor de €150bn. A Iberdrola está já a desenvolver vários projetos que permitirão a descarbonização da indústria e do transporte pesado, especialmente em Espanha e no Reino Unido, além de promover o desenvolvimento da cadeia de valor.

O Eng. Jorge Serra, em representação da Smartenergy, fundada em 2011 na Suíça, com atuação nos principais mercados da UE nos segmentos de Solar PV, Eólico e Hidrogénio Verde, apresentou o compromisso da empresa com a tecnologia do Hidrogénio Verde, evidenciando a localização dos seus projetos em Portugal, sempre próximos às suas fontes de energia elétrica renovável e com ligação a off-takers.

A Eng. Inês Diogo, do consórcio MadoquaPower2X, fez uma explicação detalhada do projeto para a produção de Hidrogénio e Amoníaco Verdes localizado em Sines, cujo objetivo é abastecer de forma confiável a UE em matéria-prima verde e/ou combustível, a produção competitiva de hidrogénio recorrendo ao fornecimento de energia renovável, numa localização muito vantajosa devido às excelentes conexões portuária e ferroviária.

Seguiu-se um debate muito interativo, moderado pelo Eng. Pedro Sirgado - Vogal do CRC Sul de Engenharia do Ambiente, onde se abordaram diversas vertentes da produção de Hidrogénio Verde em Portugal, esclarecendo que, por forma a atrair investimentos, são necessários sinais de longo-prazo, articulados com compromissos claros entre as várias partes interessadas, que forneçam um enquadramento estável e previsível aos agentes económicos.

Com objetivos e metas, Portugal tem todas as condições para se posicionar nas várias dimensões da produção de Hidrogénio Verde, fomentar a criação de mercados, atrair suporte financeiro, entre outros aspetos cruciais, pelo que o papel dos engenheiros portugueses e da Ordem, enquanto sede de conhecimento e saber, será determinante para o sucesso do país no caminho para a descarbonização económica, em linha com os objetivos do Acordo de Paris.

Consulte as apresentações dos oradores:


Assista à gravação do Seminário: Hidrogénio Verde

Parceiros Institucionais