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Sistemas Informáticos na Administração Publica em discussão na OE

06 de Janeiro de 2015 | Geral, Engenharia Informática


Teve lugar, no passado dia 9 de dezembro, a Conferência sobre Risco e grandes sistemas informáticos na Administração Pública.  Promovida pelo Conselho Nacional de Colégio de Engenharia Informática e pelo Conselho Regional Sul do Colégio de Engenharia Informática da OE, esta conferência foi a primeira de um ciclo de seis, intitulado de "Ordem na Informática...”.

Cerca de 40 participantes reuniram-se no Auditório da Região Sul para assistir às intervenções de um painel de conceituados oradores: Engº Carlos Gonçalves (ESPAP), Engº José Alves Marques (LINK Consulting) , Engº Marco Costa (Critical Software) e Engº José Tribolet (INESC-ID). A abertura da sessão ficou a cargo do Presidente do Conselho Diretivo da Região Sul, Eng. Carlos Mineiro Aires, do Presidente do CNC de Eng. Informática, Eng. Luís Martins do Amaral e do Coordenador do CRC Sul de Eng. Informática, Eng. Vasco Amaral.
Seguidamente, deu-se lugar às apresentações individuais dos oradores, seguido de um debate franco e esclarecedor com todos os intervenientes, contando com a mediação do jornalista Dr. Vasco Trigo (ISCTE). Foram vários os aspetos discutidos nesta tarde, tendo-se a destacar a necessidade prioritária de se ter uma abordagem holística que procure ver os Sistemas de Informação da função pública como um ecossistema (também chamado de sistema de sistemas) de serviços ao cidadão totalmente integrados e fortemente interligados. Em última análise implicará observar as necessidades de serviços à luz dos objetivos estratégicos para o próprio país.

Da discussão foi patente a opinião de que esta mesma visão deverá ser mais do que uma simples soma das funcionalidades de serviços de âmbito eventualmente reduzido, para se tornar uma rede de serviços interoperável e com funcionalidades transversais a instituições.

De modo a se poder repensar o Sistema de Informação Estado, na opinião dos referidos oradores, ter-se-á que passar pelo levantamento exaustivo do parque tecnológico nacional. Em seguida dever-se-á elicitar e atribuir prioridade às funcionalidades requeridas. Este objetivo poderá ser realizável graças à grande qualidade da Engenharia Portuguesa e à capacidade das associações (incluíndo o I&D) em eventualmente apoiar o Estado Português. Foi ainda sugerido que um mecanismo de organização estável, agregador de competências e transversal a ciclos políticos, que poderia ajudar a dar um enquadramento de responsabilidades claro e transparente. A ajuda I&D para definir políticas/cadernos de encargos mais informados para que os concursos públicos tenham a definição mais adequada dos requisitos, e para criar um espaço de oportunidade às PMEs portuguesas. O painel deu ainda a conhecer a sua opinião unânime acerca do impacte a médio e longo prazo nos SI Estatais, que o contexto económico atual está a ter na dificuldade em cativar e manter profissionais qualificados em Sistemas de Informação, tanto na Administação Pública, como no Setor Privado.

Adicionalmente sugeriu-se que sejam revistos os atuais modelos de contratação pública, de modo a beneficiar a qualidade em detrimento de heurísticas baseadas em abordagens simplistas e potencialmente prejudiciais, como por exemplo, atender apenas ao critério de custo mínimo.

Os recentes problemas que ocorreram nos Sistemas Informáticos da Justiça (CITIUS) e do IMTT, e que provocaram graves transtornos, são apenas os casos mais recentes que evidênciam a necessidade imediata de avaliar e rever os SI do Estado.

O painel teve finalmente a oportunidade de concluir que a Ordem dos Engenheiros tem a missão de chamar a atenção para estes aspetos, promover a sua discussão, e estar disponível para assessorar o Estado como Consultor.

A próxima conferência deste ciclo será promovida pelo Conselho Nacional de Colégio de Engenharia Informática e pelo Conselho Regional Norte do Colégio de Engenharia Informática da OE, subordinada ao tema "Cidades Inteligentes”, a decorrer no próximo dia 28/Janeiro no Porto.

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