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Tecnologia dos Veículos e Mobilidade Sustentável

1.º Painel – Eletromobilidade Híbrida e a Baterias

11 de Janeiro de 2018 | Geral, Especializações



A Comissão de Especialização em Transportes e Vias de Comunicação considerou oportuno debater, ao longo de 2018, o presente e o futuro das propulsões e combustíveis para os veículos rodoviários (pesados e ligeiros), com particular ênfase nas inovações e desenvolvimentos tecnológicos recentes e no futuro próximo, abordando também as novas infraestruturas necessárias e algumas questões relacionadas com a comercialização de produtos e serviços. 

Esta temática constitui uma das vertentes com contribuição relevante para a iniciativa do Conselho Diretivo Nacional da OE, que declarou o ano de 2018 como "O ano das alterações Climáticas da Ordem dos Engenheiros”.

Para o efeito, a Comissão concebeu três Painéis no intuito de abordar as múltiplas tecnologias atualmente disponíveis, com relevância técnico-económica e comercial.

Painel 1, dedicado à Eletromobilidade Híbrida e a Baterias, ocorreu em 10 de janeiro de 2018. O Painel 2, respeitante à Propulsão Térmica de Ciclos Otto e Diesel, irá decorrer em 22 de maio de 2018 e o Painel 3, que abordará a Eletromobilidade - Célula de Combustível a H2, está previsto para junho de 2018.

O Painel 1 contou com a contribuição de Fabricantes de veículos pesados e ligeiros – Volvo / Auto Sueco, CaetanoBus, Toyota C. Portugal e Nissan Iberia, assim como de um Operador logístico (CTT) e da EDP Distribuição. As apresentações, cujos conteúdos foram criteriosa e previamente definidos com as empresas, revelaram-se muito enriquecedoras tendo em conta os objetivos enunciados.

A Volvo /A. Sueco fez referência à urbanização como um fenómeno global em crescimento, sinónimo de novos desafios e metodologias na gestão das cidades e como um transporte urbano de passageiros apelativo e proficiente em todos os seus vetores, pode acrescentar qualidade à vida nas cidades. Foram apresentadas as várias soluções disponíveis pela Volvo Bus, nomeadamente autocarros urbanos híbridos (propulsão Diesel - elétrica), com utilização flexível sem infraestrutura de carregamento e autocarros elétricos a baterias com interfaces de carregamento por cabo (nas Estações de Recolha) ou carregamentos de oportunidade (nos términos das Linhas). Os estudos podem ser feitos para cada caso e disponibilizados produtos/serviços, consoante o interesse do Cliente, com diversas opções contratuais baseadas no custo/ km.

A CaetanoBus apresentou o autocarro urbano de propulsão elétrica a baterias, que já tem em fase de comercialização, detalhando as suas características técnicas e os aspetos construtivos / metodologia de fabrico, com os diversos desenvolvimentos e testes, relativos, por exemplo, ao chassis e sistema de tração, à estrutura /"design”/ergonomia da carroçaria e ao "hardware” e "software”. Foram também focados aspetos da infraestrutura de carregamento (por cabo /de oportunidade) versus tempo de operação dos veículos, referindo ser importante a análise dos requisitos operacionais dos Clientes para a escolha das baterias / sistemas de carregamento.

A Toyota C. Portugal revelou a aposta na propulsão híbrida Otto/Atkinson – elétrica, dando a conhecer a gama de veículos ligeiros de propulsão híbrida, em particular o Toyota Prius Plug-in (a versão mais recente deste modelo e que esteve em exposição no evento). Expôs em detalhe o sistema híbrido - tipos, funcionamento, cadeia cinemática e outros componentes, controlo do sistema, travagem regenerativa, baterias de tração -, assim como o carregamento por cabo "plug-in” e respetivos tempos de carregamento. 

Os CTT partilharam a experiência na utilização de veículos elétricos a baterias (bicicletas, ”scooters”, triciclos, quadriciclos, ligeiros de mercadorias e de passageiros), que correspondem atualmente a 9,5 % do total da sua frota. As últimas gerações de veículos elétricos datam de 2013 e de 2015, sendo de relevar a participação no Projeto europeu FREVUE. A apreciação geral é positiva mas com viabilidade económica só assegurada por fundos europeus e incentivos do Estado. Ao longo do processo, ocorreram algumas dificuldades relacionadas com o carregamento das baterias e com a assistência técnica a certos veículos, mantendo-se a duração das baterias a ser uma incógnita. Contam prosseguir com projetos deste tipo, como complemento para melhorar a sustentabilidade da operação da empresa. 

A Nissan Iberia salientou o contínuo desenvolvimento da tecnologia e as profundas alterações sociais e comportamentais a que se está a assistir e que conduzirá a uma nova era, a da Mobilidade elétrica, inteligente, assistida/autónoma e conectada (condutores / automóveis / comunidades), contribuindo de maneira decisiva para minimizar os grandes problemas com que o Sector se depara na atualidade. Assumindo este compromisso, a Nissan comercializa uma gama de veículos elétricos a baterias, nomeadamente o Nissan LEAF, com capacidades de bidirecionalidade de carregamento, dando ao utilizador a possibilidade de controlar como e quando utiliza a energia elétrica e se assim o entender, de a devolver à Rede ou de a usar para outros fins. Foram também mencionadas as características técnicas do novo Nissan Leaf, versão que esteve em exposição no evento.

Por último, a EDP Distribuição abordou a questão da evolução necessária e dos imensos desafios atuais e futuros com os quais as redes de distribuição são (irão) ser confrontadas: o volume crescente de produção renovável ligado diretamente às redes de distribuição, torna mais exigente a sua gestão eficiente; a evolução dos sistemas de armazenamento, do ponto de vista de custos e possibilidades técnicas, irá, cada vez mais, compensar a variabilidade dos recursos renováveis e permitir oferecer um conjunto de novos serviços energéticos; e, sobretudo, o incremento previsível da quantidade de veículos elétricos em circulação e das infraestruturas de carregamento necessárias. Com vista a preparar-se para estes desafios, mencionou então alguns projetos de inovação, que tem vindo a desenvolver, nas áreas de redes inteligentes ("smart grids”), micro redes, armazenamento e eficiência energética.

Seguiu-se um período de debate, com grande interesse, em que foram analisadas e discutidas diversas questões, congratulando-se a Comissão com a presença de 121 participantes neste painel.

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