![]() O Conselho Regional Sul do Colégio de Engenharia Mecânica, em parceria com o Conselho Regional Sul do Colégio de Engenharia do Ambiente, promoveram, no dia 25 de Setembro, uma Visita Técnica ao Sistema AVAC do IKEA de Loures e à ETAR de Frielas. Esta visita permitiu aos participantes terem a possibilidade de ouvir da parte do nosso colega e projetista deste sistema de climatização Eng.º Marques da Silva, as medidas implementadas para melhorar a eficiência energética desta loja, que é considerada a maior que o grupo tem na Península Ibérica. De realçar, da exposição do nosso colega, alguns aspetos reveladores que contribuíram para este sistema inovador: a) A instalação de uma Gestão Técnica Centralizada (GTC) que permite gerir os níveis de consumos energéticos em horários individuais e por máquina de climatização. b) Aproveitamento da água da ETAR, para abastecer um sistema de 3 chillers. Este sistema necessita de um caudal de 290m3/h que é bombeado ao longo de 500 mts entre a ETAR os chillers. c) Central de produção de energia na loja é baseada numa instalação do tipo água /ar que é produzida no 3 chillers. d) Unidade de tratamento de ar da loja é controlada pelo sistema GTC, através da leitura e controlo das sondas de temperatura e do Co2. Para além destes contributos a nível de projeto, que tornam esta loja um exemplo de sustentabilidade energética, foi referido que ao nível do teto do estacionamento instalou-se um isolamento térmico e também no armazém e escritórios, foram instalados tubos solares. Durante a tarde foi visitada a ETAR de Frielas, sob responsabilidade da SIMTEJO, Grupo Águas de Portugal, que recebe e trata as águas residuais domésticas e industriais dos municípios das Amadora, Lisboa, Loures, Odivelas e Vila Franca de Xira, na bacia hidrográfica do Rio Trancão. Serve ainda parte dos municípios de Mafra e Sintra. Esta visita foi acompanhada pelo Eng. António Frazão, Administrador da SIMTEJO, e pelo Eng. Paulo Inocêncio, responsável pela exploração daquele subsistema. Esta ETAR, dimensionada para tratar os efluentes de 700.000 habitantes-equivalentes recebe diariamente cerca de 45.000 m3. O esquema de funcionamento contempla o tratamento secundário dos efluentes, seguido de desinfeção final, o que possibilita a reutilização da água residual tratada. O tratamento das lamas contempla um processo de digestão anaeróbica de no qual é produzido biogás que depois é utilizado num sistema de cogeração para produção de energia elétrica. As lamas são posteriormente desidratadas e encaminhadas para valorização agrícola e para compostagem, em função dos resultados de uma rigorosa monitorização. |