The possibilities of technical assistance program apparently had not occured to the Portuguese Officials
Washington National RecordsCenter, 431,19.05.1949

O Programa de Assistência Técnica, da ECA, oferece uma oportunidade sem precedentes, à Europa ocidental, para estudar e observar as técnicas industriais e e agrícolas empregadas pelos EUA durante a guerra e no após-guerra. É de esperar que os conhecimentos técnicos e a experiência obtidos ao abrigo do Programa de Assistência Técnica trarão materialmente boas condições para o almejado aumento da produção. Este Programa representa um esforço de cooperação entre a indústria privada dos países da Europa ocidental (neste caso a indústria privada portuguesa o Governo de Portugal) e a indústria privada dos Estados Unidos e o Governo deste País.(…) Aproveitando as mais recentes conquistas da Ciência e da Técnica, quer no campo da agricultura quer no da indústria, muito se poderá fazer para incrementar a produção da Europa e levá-la muito além do nível em que tem estado. No caso dos países com colónias, o desenvolvimento destas, analogamente, assume a maior importância.“Plano Marshall. Na Associação Industrial Portuguesa os delegados da ECA falam sobre o Programa de Assistência Técnica”, in Indústria Portuguesa, No. 268, Junho 1950, p. 322.
Em finais de 1948, a ECA (Economic Cooperation Administration) lançou um programa de assistência técnica – o United States Technical Assistance & Productivity Program (USTA&P) – destinado a introduzir os métodos e as técnicas de produção e os modelos de gestão americanos nas economias dos países da Europa Ocidental. O programa, inicialmente integrado no que vulgarmente conhecemos por Plano Marshall, sofrendo embora ajustamentos e alterações (de forma e conteúdo) quer no respeitante à sua formulação, quer ao seu próprio enquadramento institucional, mantevese até 1958, prolongando-se, por tanto, para além do próprio ERP (European Recovery Program), evoluindo no sentido de uma autêntica campanha de produção e produtividade dirigida à economia europeia.
Portugal, embora numa escala bastante mais modesta do que a registada noutros países envolvidos no Plano Marshall, participou e beneficiou do USTA&P até ao seu termo, tendo experimentado e reflectido na sua aplicação as diversas fases e transformações que afectaram o próprio programa de acordo com a evolução da conjuntura internacional e as inflexões da política externa dos EUA.
O Programa de Assistência Técnica e Produtividade (AT&P)Na Primavera de 1949 a administração da ECA entendeu reavaliar e potenciar o papel da assistência técnica no âmbito do programa de ajuda aos europeus procurando divulgar junto dos países participantes a ideia de que os gastos, em dólares e noutras moedas, nesse tipo de auxílio teriam efeitos cumulativos no aumento da produção a prazo e que, por isso, a assistência técnica deveria ser observada pelas suas potencialidades em desempenhar um papel relevante no objectivo de promover a consistente recuperação económica da Europa.
1Como doutrina fundamental defendia-se que só poderiam ser aprovados projectos que a ECA verificasse que não encontravam assistência no país proponente ou junto de outros países participantes. Os projectos enquadráveis no programa de AT desenvolver seiam sempre no pressuposto da cooperação e conjugação de esforços entre o país beneficiário e os EUA, nomeadamente no prolongamento e divulgação dessa AT e na comparticipação de custos.
As propostas podiam surgir da iniciativa privada ou pública de cada país participante, devendo ser apresentadas ao Governo e ou à instituição que tivesse a seu cargo a administração do auxílio americano – a CTCEE
2, no caso português. Essa instituição submetia a candidatura do projecto à missão local da ECA que o avaliava. Se concordasse com o prokecto, a missão americana formulava um parecer e submetiao à administração americana que então o autorizaria. A própria missão!também podia sugerir projectos e submetêlos, desde que obtivesse a concordância do Governo do país em causa.
Engenharias cruzadas: o programa de AT&P em PortugalAo longo dos quase dez anos de vigência do programa de AT&P, realizaram-se em Portugal e colónias 54 projectos de assistência técnica, envolvendo a participação de 172 técnicos, 98 portugueses e 74 estrangeiros, que propiciaram o desenvolvimento do conhecimento científico e tecnológico e beneficiaram o conjunto da economia portuguesa.
No seu conjunto, esses projectos representaram um financiamento americano de 1.916.852,04 dólares e 8.716.770$40 de escudos (parte da contribuição americana empregue em projectos de produtividade agrícola foi feita na nossa moeda). Acresce a esse financiamento da assistência técnica a contribuição das entidades portuguesas beneficiárias quer pelo pagamento de despesas relativas aos projectos em que participaram quer pelo depósito em escudos no fundo de contrapartida (que parte dos projectos exigia) correspondente aos gastos realizados em dólares pela administração americana. Fundo que se destinava a ser investido em projectos nacionais. Na sua totalidade, estima-se que o programa de assistência técnica em Portugal tenha representando um valor da ordem de 100.000 contos.
Em termos de análise geral, o Estado foi o principal beneficiário dos projectos de assistência técnica directamente patrocinados pelo auxílio americano. A esmagadora maioria dos projectos desenvolveu-se no âmbito de organismos do Estado, e entre estes destacam-se, em termos de quantidade de projectos, os serviços ligados ao sector agrícola adstritos ao Ministério da Economia. Dos 50 projectos realizados, apenas seis foram assumidos pela iniciativa privada, 44 foram relativos à Metrópole e seis decorreram em Angola e Moçambique. Sendo o Estado quem essencialmente mais beneficiou do programa de AT&P em Portugal, foi também ele que assumiu maior comparticipação nos custos a que os diversos projectos deram origem, quer custeando as despesas, não quantificadas, essencialmente relativas a deslocações de técnicos, quer, sobretudo, assumindo a obrigatoriedade de depositar em escudos o equivalente a boa parte da verba que a administração americana gastou em dólares.
A maioria dos projectos realizados teve a ver com realizações associadas a várias especialidades de engenharia, sendo de destacar a relevância dos trabalhos em que era visível a participação dos profissionais de engenharia civil e hidráulica, de minas e agronómica.
O programa de AT&P, cujo impacto extrapolou em muito o que ficou contabilizado em projectos, permitiu cruzar engenharias, repercutindo reflexos imediatos e futuros transcritos visível e duradouramente em realizações nacionais. Embora o aproveitamento das potencialidades da oferta da assistência técnica tenha ficado muito aquém do possível, e desejável, a utilização do programa envolveu um cruzamento de saberes e experiências que potenciou, e até valorizou, a nossa engenharia, que soube interiorizar criticamente a formação e a especialização obtida sobretudo nos EUA, absorver e aplicar criteriosamente os estudos elaborados pelos técnicos americanos sobre realidades portuguesas e se mostrou apta a participar e desenvolver os trabalhos preparados e executados no quadro dos projectos de AT relativos a Portugal.
Em termos práticos, os projectos de assistência técnica constituíram um meio de adquirir ou aprofundar formação e especialização no exterior e, simultaneamente, beneficiar dos estudos realizados por especialistas americanos em Portugal ou nos EUA sobre realidades portuguesas.
De acordo com a classificação praticada pela CTCEE, os projectos distribuíram-se pelas seguintes áreas de actividade:

A grande parte dos projectos de AT&P implementados em Portugal concentrouse na agricultura. Por junto, desenvolveram-se 28 projectos nesta área, todos promovidos ao nível governamental, essencialmente sob a égide da Subsecretaria de Estado da Agricultura.
A preferência de que o sector beneficiou resultou da concertação de um conjunto de circunstâncias e da convergência de interesses que são em boa medida assinaláveis. Em primeiro lugar, estamos perante uma economia essencialmente agrícola e que, com a aproximação do final da Guerra, ponderou legalmente a possibilidade de encetar um esforço evidente em matéria de industrialização. Constatação de clareza meridiana, mas que teve, neste contexto, evidentes implicações: porque essa realidade reflectia, por um lado, que as políticas públicas e os interesses dos principais agentes políticos e económicos tendiam tradicionalmente a privilegiar esse sector, mesmo que não fosse por antagonismo à hipotética transformação do País numa nação essencialmente industrializada; porque dada a sua presença em termos de actividade económica, a agricultura estava eventualmente mais apta a poder beneficiar da assistência técnica nos moldes em que se oferecia a Portugal; porque se iam identificando óbvias carências e dificuldades que, reflectindo a própria inércia do sector em conduzir um processo tendente à sua modernização, tornavam a agricultura portuguesa apetecível e propícia ao tipo de intervenções que o programa de AT queria, podia e estava preparado a propiciar. Além disso, os serviços ligados ao sector agrícola, sobretudo no âmbito do Ministério da Economia, estavam, de alguma forma, melhor apetrechados, em termos de organização e de capacidade financeira para solicitar e desenvolver projectos que, ainda por cima, contavam com a simpatia das orientações gerais que vinham presidindo à vida económica nacional.
Contrastando com essa caracterização, o sector industrial, sem beneficiar de um evidente apoio por parte das organizações do Estado que o enquadravam, expectante relativamente a um futuro incerto que as recentes medidas permitiam julgar promissor, mas que ainda não tinha tido tempo de se organizar de acordo com as novas premissas, ficava refém da sua própria realidade. Ou seja, a pequena dimensão e o incipiente grau de desenvolvimento tecnológico que caracterizava o grosso do tecido industrial português, colocavam-lhe limites em termos de capacidade de aproveitamento do auxílio técnico que o programa americano oferecia. Neste cenário, deve ainda acrescentar-se à ausência de participação dos organismos públicos ligados à indústria, as hesitações, as inércias e as omissões da iniciativa privada – não obstante o empenho das associações industriais em apoiar e divulgar o interesse nessa participação e o facto de a indústria estar a beneficiar da assistência americana através de outros tipos de auxílio.
A uma e outra situação não foram também totalmente estranhos os condicionalismos que o poder público instituiu em matéria de comparticipação dos projectos de auxílio técnico, sendo de sublinhar a forma como os serviços industriais ficaram reféns das impossibilidades financeiras para aproveitar os projectos que os interessavam. Ainda relativamente à justificação para a preferência que o sector agrícola colheu no aproveitamento do programa de AT&P, devem acrescentar-se duas observações importantes.
A primeira, refere-se precisamente ao encontro de visões entre o tradicional apoio à agricultura conferido no quadro da política económica prosseguida em Portugal, pontuado pela dinâmica que lhe pretendem introduzir os então responsáveis pelo sector e o entendimento e a estratégia que os americanos tecem sobre o nosso País. Concertação ou coincidência, que tendia a beneficiar a agricultura portuguesa, tivesse ela sabido potenciá-la duradouramente... Aliás, desde que chegaram a Portugal, os membros da missão americana da ECA e posteriormente da MSA, dedicaram particular cuidado ao sector e procuraram os contactos com os técnicos portugueses mais interessantes, e nalguns casos também mais influentes.
Situação que tendeu a acentuar se à medida em que os próprios americanos, mas também os europeus da OECE, foram produzindo estudos sobre a economia portuguesa cujas conclusões vinham reiterar e dar ânimo à convicção da imprescindibilidade de se modernizar a agricultura portuguesa, em contraponto com a descrença na sua capacidade industrial presente ou futura.

Segunda observação, que caminha de par com a primeira, o facto de se pressentir que o sector agrícola atravessa um período caracterizado por um dinâmica intrínseca e visível em relação à sua orientação pública, traduzindo-se em evidentes sinais de uma vontade de imprimir um vector modernizante na agricultura portuguesa que, como se sabe não teve, a prazo, os resultados desejados.
Esse esforço foi em boa medida protagonizado e conduzido por um pequeno conjunto de engenheiros agrónomos (alguns dos quais participaram em missões do programa de AT&P e também da OECE) em que avultam Vitória Pires (desde 1950 subsecretário de Estado da Agricultura), Francisco Vilhena, Sousa da Câmara, André Navarro, António Lopes Ribeiro, entre outros, que procuraram aproveitar a assistência técnica americana promovendo o envio de engenheiros agrónomos e outros especialistas aos EUA (e também a outros países), accionando projectos e estimulando e participando no desenvolvimento de estudos realizados por técnicos americanos sobre aspectos específicos da agricultura portuguesa.
Sobressai, neste contexto, o que se procurou incrementar em Portugal na esfera da engenharia agronómica, nomeadamente nas áreas e melhoramento de sementes, pastagens e forragens, armazenamento e conservação de produtos agrícolas, conservação e recuperação dos solos e irrigação de terrenos.
Uma segunda área que deve ser destacada reporta-se ao sector energético, compreendendo cinco projectos: o estudo económico da bacia hidrográfica do Douro (a que já dediquei um artigo na Ingenium)
3 , a realização de um curso de Verão no MIT dedicado ao estudo de sistemas eléctricos e aplicação do analisador de redes, o estudo da gaseificação das linhites de Rio Maior e a realização de um curso de reactores nos EUA, e o estudo dos aproveitamentos hidroagrícola e hidroeléctrico dos rios Lucala, Quanza e Bengo.
Deve também sublinhar-se a importância assumida pelos projectos de AT relativos às colónias de Angola e Moçambique. Nomeadamente, há que destacar pelo significado da sua realização, pelos montantes que comportou (o projecto mais caro de todo o programa), pelo número de técnicos que nele participaram e pelo seu impacto futuro para a economia das colónias, o projecto composto pelos levantamentos aéreos e pelos trabalhos de prospecção mineira realizados em Angola e Moçambique. Os levantamentos aéreos, efectuados pela empresa americana Aero Service Corporation, de uma área de cerca 70 mil quilómetros quadrados de determinadas regiões de Angola e Moçambique, destinava-se a servir de apoio ao reconhecimento geológicomineiro das colónias também levado a cabo por técnicos americanos.
Por fim, no âmbito dos projectos de assistência técnica relevantes no quadro da engenharia nacional, é ainda indispensável uma referência:
- às duas missões patrocinadas pelo LNEC, enquadradas nos projectos de frequência de um curso no Massachusetts Institute of Technology sobre construção de barragens, por parte dos engenheiros Joaquim Laginha Serafim e Mário Gonçalves Ferreira, e o estágio realizado na secção de barragens do Bureau of Reclamation dos Estados Unidos realizado pelo engenheiro Laginha Serafim;
- ao conjunto dos seis projectos associados à defesa, mormente o do estudo das obras de ampliação dos aeroportos de Aveiro e Montijo e os relativos aos aspectos técnicos do fabrico de munições e armamento no quadro da Fábrica Militar de Braço de Prata. Deve ter-se em consideração que a realização de projectos na área da defesa reflectia o facto de, na sequência do início da guerra da Coreia, em Agosto de 1950, o programa de AT&P e outros programas integrados no ERP terem sido reorganizados e reorientados, passando a ficar subordinados ao objectivo prioritário de aumentar a produção militar europeia, prosseguindo o reforço de uma política de defesa e rearmamento;
- e à missão que permitiu o estágio de 12engenheiros portugueses em indústrias americanas.
Quanto à composição das missões que integraram os projectos de AT executados em Portugal, entre os 96 técnicos portugueses que se deslocaram em missões, 94 foram aos Estados Unidos e os dois restantes realizaram as suas missões, respectivamente, na Holanda e em França. A maioria dos técnicos portugueses era funcionário do Estado, pertencendo sobretudo ao Subsecretariado da Agricultura. O elevado número de participantes associado a entidades particulares teve a ver com as duas missões de estágios colectivos de engenheiros e operários nos EUA (que agruparam, respectivamente, 12 e 22 participantes).
É evidente o peso assumido pela participação de engenheiros, sobretudo agrónomos, e de operários no conjunto das missões propiciadas pelo auxílio técnico americano. Na verdade, foram predominantemente engenheiros portugueses, de várias especialidades, que partiram, com o intuito de obter formação e especialização em áreas específicas junto de universidades (designadamente Harvard e MIT), indústrias e centros de investigação americanos. Entre as 96 pessoas que participaram nessas missões, apenas se encontrou uma mulher, a engenheira agrónoma Maria de Ascensão Louro, que participou no projecto sobre Extensão Agrícola e Economia Doméstica.
A maior parte dos técnicos portugueses que incorporaram essas missões constituía um escol de gente especializada, recrutada, e de certa forma representante, da elite técnica portuguesa da época. Elite que, não sendo muito vasta, tinha assinalável expressão na área da engenharia. Os técnicos enviados eram em muitos casos os mais “reputados” nas áreas respectivas e tinham, muitos deles, anteriores experiências em termos de contactos e intercâmbios internacionais. A competência e a capacidade teórica e prática dos técnicos portugueses, não só se encontra patente nas impressões formuladas pela organização americana, como transparece nos relatórios que a maior parte dos enviados produziu acerca das respectivas missões.
O aproveitamento do programa de AT&P em Portugal, bem como de todo o Plano Marshall, constituiu em boa parte uma história de oportunidades perdidas. É certo, porém, que o que se concretizou na área da assistência técnica teve globalmente efeitos benéficos a curto e médio prazos e reflectiu-se num impacto positivo de carácter duradouro para o nosso País que, sobretudo por desconhecimento, não tem sido valorizado.
O impacto do programa de assistência técnica constituiu uma plataforma de transferência e partilha de tecnologia, propiciando a intensificação do envolvimento de Portugal num processo de crescente internacionalização e abertura ao exterior, assumindo uma importância qualitativa para o desenvolvimento da economia e da sociedade portuguesas nos seus diversos sectores de actividade. Importa, a propósito, referir que a assistência técnica de que Portugal beneficiou desde o início da execução do Plano Marshall não se esgota no programa promovido directamente pela administração americana, partilhando ainda de um programa multilateral de assistência técnica (na prática também ele propiciado pelo Plano Marshall), que, integrando um vastíssimo e diversificado conjunto de iniciativas, foi desenvolvido pela OECE e, a partir de 1953, pela Agência Europeia de Produtividade, e de que Portugal beneficiou simultaneamente.
O programa de AT&P permitiu intensificar e descobrir novos contactos e conhecer realidades internacionais da mesma forma que abriu inusitadamente o País à presença de especialistas estrangeiros, contribuindo para um processo de crescente abertura do Estado Novo ao exterior que não tinha regressão possível.
1 A assistência técnica da ECA podia inicialmente enquadrar-se em 6 campos específicos, acrescentando-se posteriormente os dois últimos: Produtividade industrial; Marketing, pesquisa e análise; Produtividade agrícola, processamento e marketing; Utilização de mão-de-obra e condições de emprego; Melhoria da administração pública, práticas financeiras e relatórios económicos; Desenvolvimento dos territórios ultramarinos; Turismo (eliminado em 1952); Transportes e comunicações.
Os campos de AT podiam envolver 5 tipos de assistência que podia ser financiada pelos EUA: Visitas de especialistas e delegações estrangeiros aos EUA (missões do tipo A); Serviços de especialistas e delegações americanos nos países participantes (missões do tipo B); Elaboração de estudos essenciais; Serviços prestados por agências americanas (incluindo acções de encorajamento e facilitando o intercâmbio de assistência entre os países participantes e entre estes e organizações internacionais); Obtenção e fornecimento de literatura e materiais técnicos, e também de equipamentos, materiais, fornecimentos... relacionados com projectos de educação e formação integrados no programa.
2 A Comissão Técnica de Cooperação Económica Europeia foi criada em 1949 para gerir a participação de Portugal no Plano Marshall.
3 Foi na sequência da conclusão do estudo encomendado em 1951 à empresa americana de engenharia Knappen-Tippetts-Abbet-McCarthy, que se deu prioridade à realização dos aproveitamentos do Douro Internacional sobre os do Douro Nacional (contrariamente ao defendido no estudo realizado em 1948 pela Direcção Geral dos Serviços Hidráulicos) e se escolheu para execução imediata o escalão de Picote.
Maria Fernanda Rollo
Professora do Departamento de História da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa
Publicado na Revista Ingenium N.º 110 - Março/Abril de 2009