fechar
Acessibilidade (0)
A A A

Escolha o idioma

pt
e2314643bb72a8d6efb0d9d894abbfe0.jpg

Engenharia Portuguesa pode estar ameaçada



Av. António Augusto de Aguiar,
n.º 3D, 1069-030 Lisboa secretariageral@oep.pt

Comunicado à Imprensa
Comunicado do Conselho Directivo Nacional
da Ordem dos Engenheiros

               5/2005 
      09 de Março de 2005

Engenharia Portuguesa pode estar ameaçada

Ordem dos Engenheiros discute o impacto do TGV na economia nacional

Fernando Santo, Bastonário da Ordem dos Engenheiros, afirma que a Engenharia Portuguesa está a ser ameaçada. Esta tarde, no decorrer do seminário organizado pela Ordem dos Engenheiros onde se discutia o impacto do Comboio de Alta Velocidade (TGV) na economia nacional, Fernando Santo defendeu que "devido à falta de visão na estratégia nacional estamos a perder mercado, o que acaba por afectar as competências. Mais do que discutir a dimensão da bitola ou a velocidade do TGV, é importante perceber que parte do investimento total será assegurado pelas empresas nacionais, para que não fiquemos apenas limitados à recepção do IVA.” Por esta ordem de ideias, "o Estado tem que criar condições para que as competências dos engenheiros se mantenham e possam ser aplicadas nos projectos nacionais, como já aconteceu, há 50 anos com as barragens e há 20 com as auto-estradas. Sempre que a vontade política criou condições, a engenharia portuguesa deu as respostas adequadas, com competência”.

Para Eduardo Frederico, Director de Engenharia da RAVE, empresa responsável pela concretização do projecto, a construção da Rede de Alta Velocidade é "um desafio global para o País”. As questões ambientais, o ordenamento do território, a capacidade económica e de financiamento, a capacidade técnica e as questões políticas e institucionais, foram apontados como os grandes factores que irão influenciar o desenvolvimento do projecto.

Segundo este responsável, os grandes desafios do projecto vão desde a construção da rede ferroviária até ao desenvolvimento de todos os subsistemas inerentes à via. "A forma como a indústria portuguesa se irá organizar para enfrentar a construção deste empreendimento é mais um desafio”. Por sua vez, a possibilidade de participação das empresas nacionais no desenvolvimento do projecto, o aprofundamento dos seus conhecimentos nesta área, a especialização técnica e o fornecimento de materiais e equipamentos foram apontados como as grandes oportunidades subjacentes ao projecto.

Com base nos estudos que permitiram o desenvolvimento do projecto prevê-se que, durante a construção, o PIB cresça cerca de 1,7% e que sejam criados cerca de 92 mil postos de trabalho. José Alves Monteiro, Director de Desenvolvimento Estratégico da RAVE, adiantou ainda que o traçado da rede passará por Faro, Évora, Elvas, Lisboa, Coimbra, Aveiro, Porto e Braga, permitindo estabelecer uma rápida ligação nacional e internacional. Assim, e a título de exemplo, a ligação Lisboa - Porto será feita em cerca de uma hora e as ligações Lisboa - Madrid e Porto - Madrid, em cerca de 3 horas.

Para aceder às comunicações, por favor contactar Gabinete de Comunicação 
(tel.: 21 313 26 05  /  e-mail: gabinete.comunicacao@cdn.ordeng.pt).

Parceiros Institucionais