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Arte e Ciência Metalúrgica em Portugal - n.º 3

de Antera Valeriana de Seabra


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Uma apreciação válida da Metalurgia, em dada região ou país, só pode ser conseguida quando se completam os conhecimentos técnicos e científicos, por um lado, com os sucessos e insucessos dos acontecimentos históricos desse país e, por outro, com a evolução global da Ciência e da Tecnologia.

Com efeito, a Metalurgia, através da exploração mineira, obtenção de metais e sua transformação, promove riqueza e, consequentemente, aumenta o nível sócio-económico; quanto aos conhecimentos científicos, ela depende das ciências básicas, em particular da Física e da Química.

A perspectiva da sua evolução não deve, pois, ser vista como uma sequência de acontecimentos isolados e independentes devidos a homens notáveis.

É por isso recomendável em qualquer curso de Ciências a inclusão da respectiva História, a qual ajudará mesmo a despoletar a criatividade no futuro cientista.

Recordemos, por exemplo, no caso da Metalurgia, que foram os estudos de peças antigas como as espadas de Damasco, as lanças de Hallstät ou as armas de Tène (cuja fabricação ainda hoje é uma incógnita) e a tradução dos clássicos e das obras dos autores do séc. XVI que, motivando muitas das observações e estudos dos sécs.XVII e XVIII, contribuíram para o desenvolvimento científico da Metalurgia nos sécs. XIX e XX, como mais adiante se explicitará.

Ainda no nosso século alguns desses autores são traduzidos: Hubert C. Hoover traduziu para inglês, em 1914, a célebre obra de George Agricola, De Re Metallica, referência de mineiros e metalurgistas durante quase dois séculos, publicado em latim, em 1556; também o conhecido professor de Metalurgia do MIT, Cyril Smith, traduziui,para além de outras obrsa seculares, o livro de V. Biringuccio, De la Pirotechnia, publicado em 1540.

Infelizmente esse olhar sobre o passado tem sido entre nós pouco contemplado e, no que se refere à Metalurgia e, até à Engenharia em geral, só a partir da última década lhe é dada alguma atenção, salvo o caso isolado, no final do sécx. XIX, de Sousa Viterbo.

Pareceu-nos, assim, haver interesse em coligir algumas notas sobre a evolução da Metalurgia em território nacional, num relance fugaz, através dos séculos, dado que o tempo disponível para a elaboração do presente trabalho foi demasiado escasso.

Esperemos, no entanto, que seja suficiente para uma chamada de atenção para o património nacional que ainda existe, evitando a sua irreparável destruição, e que dentre os nossos metalurgistas alguns possam vir a tratar o assunto com a profundidade que ele merece.

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