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Descrição da Central


Analisados factores ambientais e tecno-económicos de diversas opções, foi decidido localizar a nova central em terrenos junto da anterior Central do Carregado, situada a cerca de 30 Km a Norte de Lisboa. Entre as vantagens apuradas destacam-se:

  • proximidade do gasoduto principal de abastecimento de GN;
  • facilidade de acesso à Rede Nacional de Transporte de energia eléctrica (RNT);
  • proximidade dos locais de maior consumo de energia eléctrica;
  • proximidade do rio Tejo para o abastecimento de água e para o transporte mais fácil dos componentes da instalação mais pesados.

A Central do Ribatejo será constituída por 3 unidades ou grupos de produção, com potência unitária nominal de 392 MWe (na emissão, em condições ambientais ISO). Estes passam a ser os grupos geradores de maior potência unitária ligados à RNT.
A construção da Central foi adjudicada ao Consócio Siemens-Koch, na modalidade chave na mão, após concurso internacional de fornecimento.

A tecnologia de ciclo combinado permite alcançar nesta central um rendimento de conversão energética superior a 57.5 % (referido ao poder calorífico inferior do GN), valor que supera em 1% o anteriormente alcançado na Central da Tapada do Outeiro (grupos de 330 MWe) e compara muito favoravelmente com os 36% de uma central a carvão como a de Sines ou Pego.

Na configuração adoptada para a Central do Ribatejo, cada grupo é constituído pelos seguintes componentes principais:

  • turbina a gás, para queima exclusiva de GN;
  • gerador de vapor (caldeira) de recuperação de calor, sem queima adicional;
  • turbina a vapor, de condensação, com reaquecimento e três corpos de expansão (alta, média e baixa pressão);
  • alternador montado em veio único accionado por ambas as turbinas;
  • transformador principal, elevador da tensão de geração (20kV) para a tensão da RNT (220kV no Grupo 1 e 400kV nos Grupos 2 e 3).

Na solução de veio único, as duas turbinas accionam um mesmo alternador. Na turbina a gás, a expansão dos gases da combustão de GN misturados com o ar ambiente previamente comprimido impulsiona a rotação desta turbina e do alternador, sendo responsável por cerca de 2/3 da energia eléctrica produzida. O calor residual dos gases de escape da turbina a gás é utilizado, sem queima adicional de GN, na caldeira de recuperação para gerar o vapor que acciona a turbina a vapor. Ligada ao mesmo alternador, pela outra extremidade do veio comum, esta turbina é responsável pelo restante 1/3 da energia total produzida.

O arrefecimento do condensador de vapor é obtido pela circulação de água em circuito fechado através de uma torre de arrefecimento com ventilação forçada de ar. Serão duas as torres de arrefecimento, com 60 metros de altura: uma comum aos Grupos 1 e 2, e a segunda, de menor diâmetro, exclusiva do Grupo 3.

Neste circuito de arrefecimento, a água perdida por evaporação na torre é visível numa pluma de condensação que se forma no respectivo topo superior e é compensada através do abastecimento de água proveniente do rio Tejo, após tratamento prévio de decantação, cloragem e filtragem.

A Central dispõe de algumas instalações auxiliares comuns aos 3 grupos que incluem:

  • uma estação de desmineralização de água, destinada a abastecer o ciclo de vapor dos grupos;
  • uma caldeira auxiliar a GN para produção de vapor no arranque;
  • um gerador de emergência com motor diesel para alimentação eléctrica em caso de falha na alimentação pela RNT.

A sala de comando está localizada no edifício administrativo, de onde são feitos o comando remoto e a vigilância da operação dos 3 grupos. Esta operação é largamente automatizada por um sistema de controlo de avançada tecnologia digital. A equipa de operação que assegura em permanência a condução da Central é limitada a um operador por cada grupo e a um supervisor de turno.

As soluções técnicas adoptadas combinam configurações standard, já optimizadas pelo fornecedor noutras centrais, com algumas soluções especificamente concebidas e acordadas para atender a circunstâncias particulares da Central do Ribatejo, de que é exemplo o referido sistema de arrefecimento por torre com ventilação forçada.

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