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Engenheiros Florestais reunem-se em Jornada Técnica

19 de Dezembro de 2012 | Engenharia Florestal


Por iniciativa dos Conselhos Nacional e Regional Sul do Colégio de Engenharia Florestal da Ordem dos Engenheiros, realizou-se na Tapada Nacional de Mafra, no dia 8 de Dezembro, uma Jornada Técnica subordinada ao tema do exercício da profissão de Engenheiro Florestal em que participaram 42 membros.

Foi apresentada e debatida a situação actual do processo relacionado com o reconhecimento dos Actos de Engenharia Florestal, e dada a informação de que o Colégio Nacional, em articulação com os membros dos Colégios Regionais e da Comissão de Acreditação e Qualificação, tem desenvolvido actividade recente nessa matéria. Depois do acordo por parte do Conselho Coordenador dos Colégios sobre o método, foi desencadeado um processo para produção de um documento conjunto com os Colégios de Engenharia Agronómica e de Ambiente em que se identifiquem (1) as áreas de actividade e os sectores de actividade destas três especialidades, (2) os actos de engenharia que os seus membros podem praticar, classificando-os como actos exclusivos da sua especialidade ou actos abertos a outras especialidades e (3) a relação entre o tipo de actos a praticar e os níveis de competência associados.

O documento terá em conta o documento apresentado na reunião sobre o "Enquadramento Geral dos Actos de Engenharia”, e os trabalhos recentes já efectuados pelos três colégios, entre os quais o respeitante à Engenharia Florestal.

Depois de explicados os passos seguintes do processo, os participantes mostraram apreciação pela condução do processo, disponibilizando-se para proporem eventuais ajustamentos ao documento referente aos Actos de Engenharia Florestal até dia 17 de Dezembro, de modo que o documento possa ser compatibilizado com os outros colégios e aprovado pelo Colégio Nacional antes da reunião do Conselho Coordenador dos Colégios marcado para 10 de Janeiro de 2013.

Os participantes debateram depois problemas associados com "O Papel do Ensino Florestal”, tendo sido adiada a discussão sobre investigação florestal. Participaram no debate os colegas João Bento (UTAD), José Castro (ESAB), Helena Almeida (ISA) e José Gaspar (ESAC) tendo havido discussão sobre os diversos temas que preocupam as instituições e o sector florestal. Intervieram diversos membros entre os quais membros recentes da Ordem, incluindo membros estudantes.

A discussão abordou diversas questões associadas ao Ensino Florestal, concluindo:

1. Que é de grande importância para o País que o sector florestal esteja equipado em qualidade e quantidade com profissionais de competência assegurada nas áreas de Engenharia Florestal;

2. Que existe uma falta de conhecimento generalizada sobre o que é a Engenharia Florestal, em particular nas camadas mais jovens, sendo importante que a Ordem dos Engenheiros promova a sua divulgação, em particular pela difusão do vídeo recentemente produzido pela Ordem, e que foi por todos considerado como um excelente veículo de informação;

3. Que o novo sistema de acesso aos cursos do ensino superior na área de Engenharia Florestal, elegendo simultaneamente aprovação em provas de Matemática e Física em detrimento da Biologia ou da Química, restringem o acesso aos cursos de Engenharia Florestal a estudantes com perfis ajustados a esta formação, pelo que consideram que a Ordem deveria propor à Direcção Geral do Ensino Superior que se mantivesse sempre a exigência da Matemática, mas que a Física, Biologia e Química devessem ser consideradas alternativas entre si;

4. Que a actual situação de diminuição da oferta de cursos superiores florestais é preocupante por não utilizar eficazmente os recursos já instalados e poder conduzir a uma perda de conhecimentos e competências técnicas e científicas ao nível regional, tão importante para um sector cujo objecto, a floresta, apresenta características tão diversas entre as diversas regiões do país. Os participantes apelam às escolas que procurem soluções que utilizem a rede já instalada para a formação na diversidade dos novos profissionais em Engenharia Florestal;

5. Que a Ordem dos Engenheiros poderia desenvolver esforços no sentido de melhorar a integração dos recém-formados no mercado de trabalho, nomeadamente através da procura organizada de estágios profissionais.

As jornadas terminaram com a intenção de se aprofundarem estes temas num futuro próximo.

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