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Região Sul visita a Agência Europeia de Segurança Marítima

21 de Dezembro de 2015 | Engenharia Eletrotécnica, Engenharia Naval


No passado dia 25 de novembro partiu, da Sede da Ordem dos Engenheiros em Lisboa, um grupo de 30 membros, com destino à Agência de Segurança Marítima Europeia (AESM/ EMSA), em Lisboa. Esta visita surgiu da iniciativa dos Conselhos Regionais de Colégios de Engenharia Eletrotécnica e de Engenharia Naval da Região Sul da Ordem dos Engenheiros.

A visita teve início com a apresentação da Agência através do seu Diretor Executivo, Markku Mylly, que realizou uma introdução à génese e história da AESM e uma contextualização sobre o seu âmbito de ação e intervenção.

A Agência Europeia da Segurança Marítima nasceu em 2003, tendo estado primeiro sediada em Bruxelas, passando em 2006 para o Parque das Nações em Lisboa, e em 2009, para o atual edifício no Cais do Sodré. Esta organização surgiu quando a segurança e vulnerabilidade das águas europeias ficou exposta após o naufrágio de dois petroleiros, primeiro o "Erika” em 1999 ao largo da costa francesa, e depois, o "Prestige” em 2002, ao largo da costa espanhola. Estes acidentes suscitaram a criação de um organismo da união europeia, recorrendo ao domínio técnico e operacional dos decisores políticos comunitários, para prevenir este tipo de desastres, ou proporcionar uma melhor preparação para um derramamento de óleo em grande escala.

A AESM fornece assistência técnica e apoio à Comissão Europeia e Estados-Membros na implementação e desenvolvimento da legislação da União Europeia em matéria de segurança marítima e poluição. Além do desenvolvimento e atualização da legislação, monitoriza a sua implementação e avalia a eficácia das medidas adotadas, com o objetivo de prevenir futuros problemas e acidentes, contribuindo para a melhoria da segurança nas águas da UE. A sua monotorização abrange cerca de 80.000 embarcações, das quais 25 % são europeias e 40% controladas por empresas europeias, envolvendo 3.8 biliões de carga. Os seus decisores são os 28 membros da Comunidade Europeia, além da Noruega e Islândia. O seu âmbito de ação envolve a investigação de acidentes (detendo uma base de dados de cerca de 5.000 acidentes relatados), monitorização do ambiente, procurando a diminuição da emissão de gases, emissão de certificações marítimas, normas de segurança, cálculo e controlo de riscos, além da realização de inspeções.

Para o devido e eficaz cumprimento das suas atribuições, a AESM/EMSA dispõe de uma importante e complexa infraestrutura técnica apoiada em sistemas de comunicações e controlo tecnologicamente atualizados. A segunda parte da visita consistiu na visita a este Centro de Monotorização de Recursos e Serviços de Suporte Marítimo, onde, através de programas específicos, vários controladores asseguram a monotorização dos sistemas, num trabalho contínuo de 24 horas por dia, 7 dias por semana. Deste modo, foi possível conhecer e acompanhar o trabalho do Safe Seanet, um sistema que permite o controlo em tempo real de todas as embarcações do raio de ação, possibilitando também o acesso às informações sobre a respetiva tipologia, características, tipo de carga, histórico de navegação, o Cleansea Net, uma rede de vigilância por satélite, que deteta marés vivas, monitorizando assim riscos de poluição e prevenindo colisões ou o MAR-ICE, que realiza a análise dos químicos provenientes de acidentes. Assim, através de elementos sempre contactáveis, é possível dar resposta entre 15 e 30 minutos face a um acidente e implementar um plano de contingência, alertando simultaneamente os estados-membros.
 

Esta visita contou com o interesse e adesão por parte dos membros da Ordem dos Engnheiros, tendo-se mostrando curiosos e participativos na colocação de questões.

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