A Região Madeira da Ordem dos Engenheiros, através do Conselho Regional de Colégio de Engenharia Eletrotécnica, realizou, no âmbito do seu Plano de Atividades para 2023, uma Tarde de Engenharia subordinada ao tema Energias Renováveis e hibridização de Centrais.

A iniciativa decorreu no dia 24 de maio no auditório da sede regional e despertou o interesse de colegas de várias especialidades que esgotaram as inscrições disponíveis.

No contexto atual de forte aposta em eletricidade produzida a partir de fontes de energia renováveis, é fundamental otimizar a produção de eletricidade a partir das fontes de energia convencionais. O enquadramento das centrais convencionais na Matriz de Produção não é discutido e analisado pela comunidade eletrotécnica com a profundidade e serenidade desejáveis.

O conceito de hibridização de Centrais de produção convencionais, dotando-as com equipamentos de armazenamento e produção em paralelo com fontes de energia renováveis, permite otimizar e estabilizar o funcionamento dos equipamentos de produção convencionais minimizando o impacto da intermitência típica das fontes renováveis.

Apesar de serem apresentados como o patinho feio dos Sistemas de Produção, as centrais convencionais têm evoluído tecnicamente e já estão disponíveis soluções mais flexíveis e eficientes.

É já possível coordenar várias fontes de produção de diferentes tecnologias garantindo, através da inércia das máquinas síncronas, a estabilidade da rede e ainda assim aumentar a penetração das energias renováveis, com custos finais mais baixos.

Devido ao aumento das exigências regulamentares no mercado do transporte marítimo, estão já disponíveis novos combustíveis de potencial 100% renovável (amónia, metanol, hidrogénio, etc) bem como sistemas de tratamento de gases de escape e captura de carbono.

Para a divulgação e respetiva discussão, o Colégio convidou o colega Filipe Mineiro, que é colaborador da empresa WÄRTSILÄ, fabricante de grupos e tecnologias que equipam navios e centrais térmicas de produção.

Com esta iniciativa, o Conselho Regional do Colégio de Engenharia Eletrotécnica pretendeu informar todos os seus Membros sobre o estado da arte desta tecnologia e assim contribuir para Atos de Engenharia tecnicamente mais suportados.